Não são flores.
São feridas que aprenderam a florir.
O rosa arde.
Não pede permissão ao branco do papel,
invade
como emoção antiga que volta sem avisar.
Um pincel atravessa o silêncio
e, no rastro do gesto,
a vida se espalha em fios,
em nervos,
em respirações abertas.
Cada pétala é um excesso:
do que não coube no peito,
do que doeu bonito,
do que insistiu em ficar.
Essas flores não nascem da calma.
Nascem do tremor da mão,
da coragem de tocar o vazio
e chamá-lo de cor.
O papel aceita.
Sempre aceita.
Porque sabe:
há sentimentos que só existem
quando alguém tem a ousadia
de pintá-los até sangrar luz.
Fernanda
Que este sábado venha
com a delicadeza do cuidado Divino e a força das bênçãos que trabalham em silêncio.
Que cada casa seja tocada por paz, cada coração encontre descanso,
e cada passo seja amparado
mesmo quando ninguém percebe.
Que não falte luz nos pensamentos,
nem esperança nos pequenos gestos,
nem amor, esse milagre simples, que sustenta tudo.
Um sábado inteiro de bênçãos, dessas que chegam mansas
e ficam.🙏🏻🥰
Oi, Fernanda! Bom dia! Por vezes, as emoções que habitam nosso ser são tão profundas e vibrantes que parece que a única forma de libertar essa intensidade é deixá-las transbordar, como um rio caudaloso que, em sua exuberância, busca romper as margens que o contêm, não é verdade? Lindo texto poético minha amiga. Abraço!
ResponderExcluirBelíssima tua poesia e reflexão que nelas trazes. O papel tudo aceita, de verdade! Mas quando pulsa a vida, diferente édQ! beijos, lindo fds! chica
ResponderExcluirTudo o qie escreves deixa sempre uma marca indelevel em nós Fernanda.
ResponderExcluirVou sair agora para apresentar o meu livro.
Que tenhas um fim de semana abençoado!
Com carinho,
albino
Olá, Fernanda Venho aqui conhec er melhor a sua escrita. Encontrei tanta cumplicidade no seu comentário ao meu poema que vim a correr para aqui e não ne arrependi. O seu poema fala de flores, mas não daquelas triviais, fala daquelas que nascem do tremor das mãos. E quando as mãos tremem, às vezes escrevem impulsos verdadeiros. Novalis escreveu que a poesia é a forma mais verdadeira de expressão. Neste caso, o bardo alemão tinha razão
ResponderExcluirBoa noite de sábado, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluirEstive hoje curando feridas... marcas terríveis foram deixadas no papel, numa oficina terapêutica muito bonita.
Eu sei bem do que fala.
Há amor que se tranforma em flor... não é para ser poesia ou ser mais bonito ou menos dolorido, é para deixar a 'haste' que o sustenta menos derrubada ao solo...
Meu coração me fez ser rosa algumas vezes...
Já eu, tive que reverter tudo para o papel, foi o único jeito para eu não morrer em vida.
Mais uma vez, você escreveu tudo que já senti... e vivi.
Nossos poemas são vida em palavras.
"Alguém tem a ousadia
de pintá-los até sangrar luz."
Sejamos ousadas até o fim.
Tive sim um sábado abençoado com o coração pleno de amor.
Que o seu tenha sido também!
Tenha dias de dezembro abençoados!
Beijinbos fraternos