✿Aguarde os próximos capítulos...✿

Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

27 agosto, 2025

O Encanto do Cotidiano

Aleatoriamente um toque de poesia




Um jeito bonito de ver a vida é olhar para ela como um livro em que cada capítulo, mesmo os mais difíceis, traz aprendizado e beleza escondida. É perceber que até nas folhas que caem há poesia  cada despedida, cada recomeço, cada sorriso que surge inesperadamente.

É cultivar a atenção para os pequenos detalhes: o aroma do café pela manhã, o riso de uma criança, o vento que brinca nos cabelos, os silêncios que nos permitem ouvir nosso coração.

É entender que a vida não precisa ser perfeita para ser maravilhosa; que há beleza no imperfeito, nas impermanências e nas surpresas que nos fazem crescer. É escolher enxergar a luz nos gestos simples e a magia nas histórias cotidianas.

E, acima de tudo, é viver com presença, com afeto e com gratidão, reconhecendo que cada instante, por mais comum que pareça, carrega um pouco de encanto.


Fernanda

3 comentários:

  1. Qué hermosas palabras, Fernanda, qué ejemplo más bonito has puesto, el ver la vida como un libro, y poder apreciar la belleza con cada capítulo, cada detalle, cada sonrisa. Porque en las cosas más sencillas está la verdadera belleza, en ese gesto que nos da el día a día. En poder apreciar el amanecer, o ese café con aroma divino. Todo es perfecto, como una poesía, y plasmarla como una fotografía, para dejarla cultivada en nuestra memoria.

    Me encanta leerte, querida amiga, gracias por ser una caricia para el alma.

    Que estés pasando un bonito día.

    Besos enormes.

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  2. Este post é uma celebração da beleza nos pequenos momentos do dia a dia. Às vezes, são os detalhes mais simples que trazem alegria e significado à nossa rotina. É um convite a observar e valorizar o que nos cerca, encontrando encanto nas coisas mais comuns.

    Com amor,
    Daniela Silva 🦋
    alma‑leveblog.blogspot.com — espero pela tua visita no meu blog

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  3. Nanda, querida,
    De fato, se tivermos olhos para o cotidiano desde o amanhecer ficaremos sempre encantados com o que vislumbramos. E, para isso, preciso estar atentos para não apenas este livro aberto que você nos oferece com um ramalhete de poesia.
    Além do bem-te-vi que me acorda todas as manhã, bicando o vidro da minha janela e gritando bem-te-vi, há o arrulho de outros pássaros. Hoje, por exemplo, tive uma manhã, "tão bonita manhã", com uma chuva musicando na minha janela entre fusas e semicolcheias em um tropel uníssono que dava gosto ouvi-la antes de correr para a varanda.
    Se tivermos os olhos atentos, rapidamente, descobriremos que o cotidiano é um múltiplo que não se repete.
    Um abraço bem carinhoso! Estava sentindo sua falta, embora fosse eu o ausente, risos!
    José Carlos

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)