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29 setembro, 2025
Vamos tomar um café?
4 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)
Nanda, que apetitosos pães de queijo... E teu carinho em cada palavra nos encanta! Que bom sempre dás um jeitinho de aqui passar! beijos praianos, chica
ResponderExcluirLovely post. The cheese breads look delicious 😋 Warm greetings from Montreal, Canada ❤️😊 🇨🇦
ResponderExcluirOi, Nanda, quem disse isso? Este blog é feito de palavras, sim, mas sustentado pelos sustenidos e bemóis das pautas camufladas nas entrelinhas, da reunião das vozes que se não cantam em uníssono, solfejam melodias que entretêm e se entrelaçam ajudando a ver o mundo girar.
ResponderExcluirE vamos nessa
está bom à beça
e nada me peça
voltei a ler o Eça.
Abraços, minha querida Nanda!
Fê, se tiver sempre pão de queijo pras visitas, virei até duas vezes por dia....hehhh
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