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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

18 fevereiro, 2015

Cada passo

Não há errado quando há sentimento.
Não há certezas quando estamos tão confusos.
Há um caminho de iguais para cada ser.
Não quero ser melhor e nem pior, sou apenas eu, um ser humano que aprende, que concerta, que perdoa, que ama, não quero fazer o que não está na minha essência, nem prometer o que eu não posso desempenhar.
Não julgo se alguns fazem sempre tudo idêntico, apenas sou o que sou e não me comparo a ninguém.
Se precisar saber além do que eu sei, de alguma forma vou aprender.
A vida é um livro cheio de instruções, e ninguém nasce com mapas do caminho.
Cada detalhe de mim pode ter certeza, desde lá detrás eu sei contar.
Aprendi que as quedas nos fazem sábios, porque nos tornam grandes.
Seguir em frente foi tudo que eu fiz, quando olhar para trás feria minha alma.
Há estrelas em minha visão todos os dias, mesmo quando no céu parece chover.
Estou seguindo o meu caminho, e nele há milagres de amor.
Eu vejo um arco-íris num céu de promessas, e no alto de tudo eu vejo meu lar.
O lar que eu precisei tantas vezes, aquele que fiz com pincel na tela da memória.
O que eu não posso fazer? Posso tudo naquele que me fortalece.
Não me diga o que eu não posso fazer, quando tenho as tintas e as cores.
Autêntica, fidedigna, legítima é o que alcanço e toco como uma rocha.
Orgulhosa do que conquistei, é como me sinto.
O que eu não pude tocar com as mãos eu toquei com a fé.
Segurei firme no amor e não tropecei.
Como poderia, se eu tinha a base entre as nuvens e voos de pássaros?
Eu sabia que de alguma forma a presciência era Dele (Deus).
O Pai que nunca me desamparou. Com ELE se sobe os mais altos degraus, o cume do mundo.
Cada passo que dou é na direção do AMOR.

__________

Fernanda



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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)