✿Aguarde os próximos capítulos...✿

Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

12 novembro, 2015

♥ Transcende

 
 
Não tenho significados agora.
 Apenas ando questionadora..
 No entanto conheço certo arrepio sobre a pele,
 Cada vez que sinto falta da tua presença.
 Eu me perdi na busca,
 Havia sol demais, meus olhos não visualizaram.
 Ando cansada dessa vontade...
 Havia tantos sonhos por dentro de mim...
 Agora fito sem entusiasmos.
 
 Ouço aquelas verdades por cima da dor.
 Onde haverá o afago certo agora?
 Não tenho outra forma de compor,
 O vermelho poema que escorre na folha.
 Pediria: dê-me a sua mão,
 Eu preciso saber que não estou só.
 Não seria por muito tempo,
 Apenas até eu conseguir sentir o sono chegando.
 Procuro encontrar algo que seja meu e  as palavras me encontram
 Querem de alguma forma dizer que estão aqui por mim.
 Não havia tempo melhor pra sentir que agora, eu preciso acreditar que há pessoas que realmente se importam umas com as outras.
 Eu preciso saber que o amor é válido.
 
 Onde há um ombro, para um desespero?
 Uma mão afagando uma lágrima?
 Não sei entender  tudo isso por agora.
E se eu preciso aprender rápido, não vou conseguir, eu sei.
 Havia um palco, e lá, uma incógnita.
 
 No palco da vida a gente repassa as cenas,
 Só para um dia conseguir contar a Estrela Maior sem falhas.
 Num brilho apagado das minhas passadas, mora uma luz que guardei do sol,
 Que um dia, me deu sem receios.
 E depois se perdeu no mar do céu.
_____________
Fernanda
Imagem: net

Um comentário:

depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)