Muitas vezes me pego observadora
a noite me envolve e me faz passear no dia que se foi
nas conversas que tive e agradecer a Deus
de todo meu coração por minha família.
A vida nos ensina diariamente...
como nos portar diante das dificuldades
principalmente das dificuldades do outro.
Observo sempre com gratidão e
da seguinte maneira:
O que sou hoje, não deixando de recordar
o que Já fui ontem.
Esse é o segredo do conhecimento interior.
Quem compreende
não encontra tempo para fazer ninguém
desistir de seguir sempre em frente confiante.
O ser humano nunca deve desistir e sim persistir.
Estamos neste planeta para:
Amar, trabalhar, perdoar, e esperar

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M. Fernanda
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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)