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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

29 maio, 2018

Gratidão

Aleatoriamente um toque de poesia


Olhando o Céu e o dia precioso que beija o tempo, agradeço ao Senhor por ele. Refleti na noite passada sobre como foi o meu dia e se eu agi corretamente nele, se amei aquele que precisava ser amado, olhado, abraçado, afagado. Se prestei atenção no olhar triste daquele que silenciou sua dor e buscou apenas nesse silêncio à maneira de uma prece.
E nessa reflexão fechei os olhos e pensei: O que são amigos de verdade? E como agradecer por tê-los em minha vida e pelo sentimento nobre que dirigimos nossa amizade?
Em seguida lembrei de pessoas que sempre me deram esse amparo, esse cuidado, esse respeito e esse amor que seguramente tem suas raízes fortificadas por um elo que não se pode quebrar, que é a confiança.
Um dia, me senti uma forasteira no meio do mundo, é que ainda  não sabia compreender muitas coisas, não pelo fato de que essas muitas coisas fossem fáceis de compreender naquele momento. É que eu apenas não tinha idade para discernir e nem um condutor para isso. Aprendi com muitas lágrimas e firmeza a ler minha história nessa escola que é a vida, sem meio termo, mas nunca sem pureza, curiosidade e coragem. Fato é que fui muito corajosa nessa jornada, e sabe? Me orgulho daquela menininha que fui, muito, muito. Nessa trilha conheci amigos de vários níveis, gêneros e graus. No entanto,naquele momento  me sentia acolhida e mais segura num cantinho de rua, numa cama de papelão e num banco de praça, que numa cama quentinha num orfanato, sendo posta de joelhos no caroço de milho. De certa forma compreendia que aquele momento de menina de rua era para ser meu, eu precisava passar por aquilo e foi minha escolha passar, mesmo que eu não tivesse idade para escolher. Naquele momento aquele ambiente, as calçadas  era o especial, o apropriado para que eu aprendesse a ler essa intrigante escola que é a vida, e aprendesse com ela a humildade da maneira mais valiosa, e a simplicidade com requinte. Os amigos que eu escrevi no meu livro da vida daqueles anos, já se foram porque quase todos chamava de vozinhos e vozinhas. Poucos amigos tive naquele tempo que tivessem a minha idade. Primeiro pelo preconceito de suas mãezinhas e depois por eles mesmos obedecerem às ordens que elas lhes passavam, de não falar com estranhos. Compreendia e ficava sempre no meu lugar de estranha e adorando vê-los ser felizes do meu banquinho.
Sabia porém, que todos somos banhados pela graça Divina. Se havia um Céu e ele cobria todos nós juntos, o Senhor do alto também me amava e me cobria de amor. E se Ele que criou todas as coisas me deixava presenciar as estrelas e a lua, o sol e a chuva, então eu também era especial. E que embora eu estivesse do lado de fora das casas, estava do lado de dentro da maravilha de dormir presenciando as estrelas, e a noite era um pouco do tempo em que eu também “virava” uma estrela. Imaginava-as me cobrindo do frio.
Há pessoas que chamamos de amigos reais e virtuais. Eu faço uma reflexão mais ampla sobre o tema. Eu chamo apenas de amigos.
Tudo  que escrevi  aqui foi para agradecer aos meus amigos de longa data, e aos que chegaram sem tanto tempo assim. E que me olharam  de perto, e quando digo de perto, quero dizer, demoradamente. O tempo e a maneira que esse tempo, os trouxeram para minha vida e  que vieram, entraram, e por algum motivo que foi necessário, ficaram ou se foram. Agradeço aqueles que se foram, porque eles me deixaram um pouco de suas sementes. Agradeço aos que ficaram, porque eles enraizaram em meu coração de uma maneira segura, plena, preciosa e eterna.
Agradeço aqueles que estão ao meu lado, e me abraçam de perto passando para mim a satisfação e o carinho de poder senti-los com meus braços terrenos, e é muito bom.
Agradeço aqueles que estão longe, e semeiam em meu coração a semente do carinho, das palavras escritas que tatuam em minha essência a mesma energia e carinho do abraço bem pertinho.
Amo todos vocês amigos. Porque o amor é o único sentimento que nos liga a um caminho com Cristo. A amizade sempre traz um novo exemplo do bem para que possamos vesti-lo com estilo e orgulho.
Agradeço por todos vocês Chica, Manu, Toninho, Graça , Hellen,
que nesse momento tão difícil me abraçaram de maneira colossal.
Que Deus os abençoe.
Amo vocês!

Texto e imagem:
M. Fernanda


3 comentários:

  1. Nanda, mais uma vez escreveste derramando teu coração...por isso nos tocas sempre! Nao ha o que agradecer a nós tuas amigas... Estamos longe e assim so isso podemos fazer!

    Torcendo sempre por vocês d pra que tenhas sempre essa força e fé...

    Bjs tuuuuuuuudo de bom pra ti e turminha,chica

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  2. Que alma lindaaa!
    Esse post me fez lembrar um escrito seu que me comoveu demais a mts anoa atrás. Eu fiz até um vídeo com sua autoria... daquele menino que cheirava cola em frente a sua faculdade e aquele pacotinho era como se fosse Golias,um gigante que precisava ser detido com amor..
    Que sua alma seja sempre bela assim.. nós que somos gratos por conhecer vc e sua alma a cada palavra q vc deixa aqui ❤

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  3. Mas eu não fui! Estou e estarei. TU SABES!!
    EAT!

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)