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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

29 maio, 2025

🌿 Sente-se aqui comigo. Vamos conversar com palavras.

Aleatoriamente um toque de poesia

Queridos amigos,
Tive um probleminha técnico e não consegui postar o texto de Eros como postei dos outros. Por isso, vou compartilhá-lo logo abaixo, em um novo texto.
Desculpa Eros.
Obrigada pela compreensão e carinho de sempre. 🌿💛
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Quando até um “oi” é poesia
Há um tempo venho sentindo a necessidade de escrever algo sobre os comentários que recebo aqui.
Não apenas para agradecer  o que faço com o coração cheio, mas para dividir com vocês o que penso e sinto sobre esse gesto tão singelo e, ao mesmo tempo, tão significativo: comentar.
Em tempos de passagens apressadas e distrações constantes, saber que alguém parou para ler, refletir e escrever algumas palavras é, para mim, uma forma de carinho que atravessa a tela e se transforma em presença. Por isso, escrevi esse pequeno texto como uma explicação afetiva, como uma forma de dizer:
Eu vejo cada gesto. E cada gesto me toca. Há dias em que o coração só pede isso: uma pausa, uma companhia serena e um espaço onde as palavras possam repousar. Aqui, cada texto é uma cadeira puxada.Cada comentário, um olhar atento.
Escrevo para criar laços entre o que sinto e o que talvez você também sinta.
E quando alguém escreve de volta, não importa se é com versos ou com um simples “oi”, eu entendo: estamos juntos. Porque há conversas que não precisam de voz alta.
Apenas de presença.
E você está aqui. Isso já diz tanto.

🌸
Com carinho,
Fernanda

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Eros,

Nanda, minha querida, li seu comentário sobre o comentário como mais um dos seus excelentes textos: para refletir e, também, como um exercício de linguagem. É disso que gosto. Da linguagem depurada, é coisa que você faz muito bem. Não importa o tema, o conteúdo, o móvel do seu texto: há sempre nela uma aura de poesia. A sua flecha vai sempre no alvo, na mosca, no âmago, e fica admirando sua pontaria, rsrs.
Reconheço que nem sempre depuro a minha linguagem na hora que comento, sempre deixo escapar alguma coisinha, algum errinho, a omissão de alguma palavra, não é descuido, é a rapidez dos meus pensamentos, eles correm sempre na minha frente e, por vezes, não o alcanço, embora não me descuide do exercício físico, mas ele não é feito para alcançar as palavras, mas o ajudam também. É que o gigante do alçapão está sempre me dizendo: siga fluxo dos seus pensamentos depois você burila. E quantas vezes o burilar fica esquecido?
Também gosto desta conversa amena com você, rsrs.
Meu abraço, Nanda!

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)