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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

20 maio, 2025

Vamos conversar?

Aleatoriamente um toque de poesia

Como anda sua alma hoje?
Tem sentido paz… ou um certo aperto no peito que nem sabe explicar?
Tem escutado mais o silêncio ou os ruídos de dentro?
E a fé tem sido refúgio ou dúvida? Tem algo que você gostaria de dizer, mas tem guardado só pra si? Uma alegria escondida, uma dor sem nome, uma esperança que insiste em ficar?

Se algo no texto te tocou,
me conta.
Às vezes, uma frase desperta um pensamento,
uma lembrança, uma emoção 
e isso também merece ser dito.
Comentar é mais do que responder:
é continuar o texto com a sua voz.
É transformar a leitura em encontro.
Por aqui, tudo o que é sincero é bem-vindo.

Só precisa chegar com o coração aberto.
Vamos conversar… sobre o que toca, inquieta, fortalece?
Quem sabe, nesse espaço de troca, a gente não se escuta melhor e se reconhece um pouco mais?
Eu tô aqui. E você?
Aqui, cada comentário é bem-vindo.
Quando você comenta com o coração,
você também escreve comigo e toma um café.

Fernanda!

13 comentários:

  1. Nanda, enquanto tomas esse café lindo, tono chá de camomila e bolacha água e sal, problemas estomacais ...
    ..Mas vale é estar aqui ,te ler e sempre saímos daqui ganhando algo! Uma palavrinha por vezes, levamos junto e ficamos lembrando...
    Por isso, sempre que posso, uma passadinha dou! beijos, tudo de bom,chica

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    1. Chica querida, que alegria te encontrar aqui!
      Mesmo com chá de camomila e bolachinha água e sal (ai, esse estômago arteiro…), você chega com uma doçura que transforma tudo! Você tem esse dom: entra leve, com afeto nas palavras, e deixa um rastro bom daqueles que a gente sente por dentro.
      Amo te ter aqui, amo saber que alguma palavrinha minha te acompanha depois da leitura é um presente.
      Porque é isso que mais gosto de imaginar quando escrevo: que alguém aí do outro lado vá embora um pouquinho mais acolhido, mais tocado, mais abraçado como você descreveu tão bem. Pode passar por aqui sempre, viu? Risos 🤭
      Com chá, com café, com o que for… Sua presença ilumina, alegra e aquece.
      No intervalo, tomar um cafezinho e fazendo arte 🤭
      Te mando um beijo enorme e um desejo sincero de que tudo melhore logo por aí!
      Com carinho,
      Nanda.😘

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  2. A minha alma é um barco vagaroso que aprecia cada margem da tua palavra. Cada sentido que deposita em cada curva e o caminho, só transparece paz. Essa paz azul de outono e cheiro de café com bolo. Me embolo sem reclamar nesse tanto de bem querer e digo mais: me faz retornar com leveza e beleza de sentir a vida, nunca por um triz. Só pra ser feliz.
    Um beijo meu.

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    1. Sam querida,

      Que coisa bonita é te ler…
      A tua palavra é cais sereno onde minha alma-barco repousa. Tem margens que acolhem, outras que despertam as tuas fazem os dois. Saudades…
      Essa paz azul de outono que você menciona… eu a sinto aqui também, entre memórias de casa, cheiro de bolo quente e olhos que se permitem marejar de leveza. Obrigada por me lembrar que a felicidade, às vezes, se revela no gesto mais simples: o de sentir — com inteireza, com verdade.

      Um beijo meu, desses que sabem voltar.

      Com ternura,
      Fernanda

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  3. Fernanda querida, sempre ganhamos em passar pelo teu belo espaço, verdades sempre! E não somos avestruz, apesar de sermos um povo muito alegre, sabemos das coisas.
    Não há dúvidas que o Brasil, há muito, que mergulha numa introspecção pelas dúvidas que assombram todos nós, e não é só de agora. Nadamos numa praia com bastante tubarões, não sabemos que rumo as coisas tomarão, e isso nos atrapalha muito, às vezes ficamos vulneráveis: saímos na rua de dia e ficamos atentos aos assaltos - celulares! Saímos de noite com medo da volta... e golpes aos montes na internet . Claro que vamos aprendendo, desviando do que podemos e assim levando uma vida mais alegre, mais natural. Temos algumas defesas. Lanço mão daquela famosa frase: "Que país é esse?" E assim fortalecemos nossas defesas - em parte.
    Tua postagem dá muito pano pra manga!
    Vamos falando o que vem à mente...
    Mas há esperança, um dia quem sabe.
    Uma boa semana, querida amiga.
    Deixo beijos e esperança!

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    1. Querida Taís,

      Tua leitura, como sempre, é um abraço lúcido na alma da gente. Tens esse dom raro de olhar com verdade e ainda assim costurar esperança nas entrelinhas não como ilusão, mas como resistência.
      Sim, não somos avestruzes, e teu comentário é um retrato fiel do que sentimos: uma mistura de lucidez e cansaço, atenção e esperança. Como se vivêssemos entre a beleza e a sobrevivência, tentando guardar os sonhos enquanto desviamos dos perigos. E mesmo assim, rimos, criamos, seguimos não por ignorância, mas por bravura.
      Concordo contigo: vivemos como quem anda em uma praia bonita, mas com tubarões por perto. É preciso nadar, sim. Mas nadar com olhos abertos e coração firme.
      E que bom que ainda conseguimos falar sobre isso com palavras, arte, sensibilidade. Isso também é uma forma de defesa. De união. De fé.
      Obrigada pelo comentário tão rico. E que a gente siga assim, com olhos atentos, mas com o peito cheio dessa esperança que não desiste da vida.

      Um beijo grande, com gratidão e afeto!
      Fernanda.

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    2. Maravilhoso, eu que agradeço e saio emocionada pelo carinho
      de tuas palavras!
      Um beijo, querida amiga.

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    3. Tais, querida,
      que alegria saber que minhas palavras te tocaram assim! Nossa troca é sempre feita de verdade e afeto e isso me emociona também. Seguimos juntas, com sensibilidade e coragem no peito.
      Um beijo grande, com carinho e gratidão

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  4. Comentar é mais do que responder:
    é continuar o texto com a sua voz.
    É transformar a leitura em encontro.
    Por aqui, tudo o que é sincero é bem-vindo.
    Já digo tanto... Hoje direi que continuarei o seu texto não com a minha palavra, e sim com o meu silêncio, remoendo suas palavras. Aqui se aprende a refletir lendo-as suas poções de chá de coragem.
    Outro abraço, é cumulativo!

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    1. Querido Eros,

      Tuas palavras são dessas que a gente não atravessa correndo. Elas pedem que a gente pare, respire e se demore como diante de um pôr do sol que nos obriga ao silêncio. E eu me demorei. Porque há comentários que não comentam: completam. E o teu foi exatamente isso.
      Transformar a leitura em encontro é uma dádiva rara. E é isso que tu fazes entra com os pés descalços no terreno da palavra, sem pressa, com respeito, como quem sabe que ali mora algo vivo. E quando dizes que hoje escolhes o silêncio, ah… isso me comove profundamente. Porque o silêncio, às vezes, é a mais alta forma de reverência. E é também resposta. É presença. É o eco onde a palavra continua vibrando.
      Recebo teu “abraço cumulativo” como se recebe afeto antigo: com gratidão e sem medidas. E te devolvo outro, igualmente crescido com o tempo, feito abraço de casa antiga onde a alma se sente em paz.

      Com carinho e admiração,
      Fernanda

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  5. Amei conversar com cada um de vocês. Cada palavra trocada foi um pedacinho de afeto compartilhado, uma ponte lançada entre corações. Obrigada pela escuta, pelas ideias, pelas trocas tão verdadeiras. Que venham mais encontros assim.
    Obrigada queridas: Chica, Sam, Tais e querido Eros.
    Foi um prazer 🙏🏻😘

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  6. Querida amiga Fernanda, voltei para conversar um pouquinho.
    A fé é meu refúgio, sem titubear. É dom inestimável.
    Mesmo em recuperação, estou em paz.
    Da proposta de conversa aqui, sim, tenho algo que guardo só para mim. Sou um túmulo com segredos que guardo.
    No mais, confesso que casa dor que tenho tem um nome bem claro...
    Nenhuma esperança eu tenho mais no que não pode ser esperado.
    Gostei de conversar um pouco no meu descanso semanal.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos fraternos de paz

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  7. Querida Roselia,

    Teu retorno é como a brisa que volta ao fim da tarde serena, íntima, verdadeira.
    Te ler é como sentar ao lado de alguém que caminha com fé firme, mesmo quando os pés ainda sentem a dor do caminho.
    Sim, há dores que têm nome e não há vergonha em carregá-las. Há segredos que precisam do abrigo do silêncio. E há esperanças que, por amor próprio, deixamos ir. Tudo isso faz parte do sagrado de ser quem se é. Teu testemunho de paz mesmo em meio à recuperação é uma lição mansa e forte. Obrigada por conversar, por confiar, por repousar um pouco por aqui. Receba meu carinho e que teu final de semana seja leve, dentro do possível
    com um tanto de fé, um tanto de silêncio, e muito da presença de Deus.
    Beijinhos fraternos e minha prece.🙏🏻

    Fernanda

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)