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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

23 julho, 2025

Margaridas

Aleatoriamente um toque de poesia

Margaridas
Flor simples, branca como um sorriso despretensioso, e minha preferida.
Entre tantas belezas do jardim, são elas que me tocam o coração pela leveza, pela força escondida na delicadeza, pela forma como dançam com o vento sem jamais perderem a essência.
As margaridas não se esforçam para serem notadas.
Elas apenas são.
E, sendo, encantam.
Talvez seja isso que mais me comova: a beleza que não pede aplauso, a simplicidade que floresce mesmo sem testemunhas.
Eu e ela
Eu e ela somos.
Sem precisar de rótulos, sem molduras, sem promessas de eternidade.
Somos porque o amor verdadeiro não tem pretensões  não exige, não cobra, não prende.
Ele apenas é: livre, leve, como o vento que passa pelas margaridas, balançando-as sem nunca feri-las.
Entre nós, o amor não pesa  floresce.
Se eu fosse me autoconhecer como as margaridas, diria:
Sou simples, mas não simplória.
Carrego uma beleza que não grita apenas se revela a quem olha com calma.
Não me apresso, nem me escondo.
Acolho o sol, aceito a chuva, danço com o vento.
Floresço no tempo certo, sem ansiedade.
E mesmo quando ninguém me vê, continuo sendo:
inteira, verdadeira, fiel à minha essência.
Sou feita de coragem silenciosa e ternura que não se desfaz.
Bom Dia!


Fernanda!

2 comentários:

  1. Nanda, há muito tempo, quando vejo margaridas, penso em ti, Sei que delas tu tanto gostas! Lindo texto e a singeleza delas nos encanta! beijos, ótimo dia! chica
    ( Achei lindo o comentário do teu pai no post anterior que apenas li,! Muito querido!)

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  2. Maria Fernanda, minha amiga margaridoza!
    Que linda a sua postagem, e a forma despretensiosa que você se define!
    Muito legal saber que você consegue ser feliz com pouco. Consegue brincar e sorrir em tempos de chuva. E que a ansiedade não mora em seu coração!
    Muito bom isso!
    Confesso que eu também sou mais ou menos desse jeito. É muito dificil alguém conseguir me tirar do sério mais do que 30 segundos! Kkkkkkkkkk.
    E se essa pessoa conseguir... Vai ser uma vez só, porque depois ela cairá na minha lista de chatos, que eu tenho que relevar.
    Posso te contar um segredo, e você não conta pra ninguém?
    E nem fica triste?
    Essa flor que você chamou de margarida, na verdade é um jasmim manga.
    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
    Mas não tem problema! Eu gosto muito mais do jasmim do que da margarida.
    Já tomou chá de jasmim?

    Ou! O seu comentário lá no meu blog, não me incomodou nem um segundo! Larga de bobeira.
    A minha resposta foi só um tipo de explicação, e não um comentário bravo!!

    Um abração; margaridoza!!!

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)