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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

30 julho, 2025

Vamos brincar?

Aleatoriamente um toque de poesia




Bom Dia!!!


Vamos brincar de esquecer a hora?
De deixar os sapatos na porta e correr descalços pelos instantes?
Brincar de não saber tudo,
de fazer perguntas bobas,
de rir até a barriga doer?

Vamos brincar de nuvem,
de imaginar formas no céu,
de dar nomes aos ventos e inventar segredos com as pedras da rua.

Brincar de ser leve.
De não precisar ser forte o tempo todo.
De deixar a alma tomar sorvete sem culpa,
e o coração andar de balanço sem medo de altura.

Vamos brincar?
Porque a vida, às vezes, pesa.
Mas quando a gente brinca,
ela lembra que também sabe ser leve.

E Deus, feito criança,
nos observa sorrindo 
esperando a gente voltar a brincar com Ele também.
Somos suas criannças.😘





Fernanda!

20 comentários:

  1. VAMOS!!
    Com Deus, não sei, minha mãe me ensinava que com Deus não se brinca...rs

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    1. kkkk
      Eduardo, adorei esse “vamos” com freio de mão puxado! 😂 Tua mãe tinha razão com Deus não se brinca… me referi, a pureza que nasce do amor, da humildade e do desejo genuíno da pureza. Como a criança entendeu? 😉
      Ele, Deusão entendeu viu? 😊 e talvez, até sorria com essas nossas hesitações humanas, né? Porque no fundo, seguir com Ele é esse vai-não-vai cheio de fé, respeito e um tantinho de medo também. Mas se for pra ir, que seja com o coração inteiro e um risinho no canto da boca. Vamos, sim com Ele na frente e a gente confiando atrás!
      Amo esse paizão do Céu .
      Obrigada amigo!
      😘

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    2. Fernanda, desde criança tenho uma relação de amor e ódio que esse "paizão do céu". Fui criado numa tradição protestante bem conservadora. Eu odiava ir à igreja quando muito jovem mas era obrigado. Cresci, passei a ir voluntariamente e me dediquei a estudar teologia.
      Nunca acreditei realmente em muitas doutrinas cristãs, e sempre duvidei que alguém pudesse de fato conhecer a Deus ou a sua vontade, como se falava na igreja.
      Hoje tenho uma visão de Deus bem diferente da religião.
      Mas muitas pessoas precisam desse "pai do céu" - como bem disse Freud - como uma representação do pai aqui da terra. Tá tudo certo.
      Cada crente ou devoto tem sua própria opinião sobre Deus ,e eu procuro respeitar a todas.

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  2. Bom.dia de Paz, querida amiga Fernanda!
    Logo que li seu poema, fui me reportando ao poema de Casimiro de Abreu, Deus Menino.
    Ele, que brinca no quintal...
    Se até ele sabe o valor do brincar, quem somos nós para questionar o lúdico?
    Só não vale brincar com os sentimentos dos outros.
    Nem tampouco brincar na hora do que é sério.
    Tive um final de semana cheio de descontração, das que fazem bem à alma.
    O mundo anda cheio de gente carrancuda.
    Nem sabem o que é sofrer, tem pão na mesa, casa, comida e roupa lavada e estão por demais sérios, reclamando de tudo e de todos.
    Gente sem noção e sem gratidão.
    .
    E o pior, perdem tempo em comentar a vida alheia e não tem tempo de descontrair.
    Eu brinco com você agora se amarelinha. Topa?
    Tenha um dia feliz e abençoado!
    Beijinhos fraternos de paz e bem

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    1. Roselia querida,

      que delícia te ler é como sentar num banco de praça e conversar com alguém que ainda sabe ver o céu. Concordo contigo: há um tipo de brincadeira que não é fuga, é reencontro. O lúdico que nos devolve ao essencial, que desarma as defesas e abre espaço para o riso limpo, aquele que vem antes das rugas. E sim, que coisa mais séria é brincar com amor e com respeito, como quem reza com leveza. Também acho: o mundo anda sisudo demais, e talvez falte mesmo é uma amarelinha bem desenhada no chão dessas que a gente pula sorrindo, mesmo com as dores no pé. Topo brincar contigo, claro! Que nunca nos falte essa alma-menina que Deus tanto ama. Beijinhos com afeto, sempre.

      😘

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    2. Amiga, até me esqueci da dor da fascite plantar, kkk...
      Vim do coral e falava com a amiga que não sentimos ambas o 'peso' da idade. Não passa pela nossa cabeça a idade que temos. Pular na amarelinha foi boa... tomara eu conseguir.
      Beijinhos vespertinos e não me canso de lhe dizer que dá gosto ler suas respostas tão lindas.
      🙏😇🤝💝💌😘💐

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  3. Por mais que o tempo passe, a criança em nós deve permanecer. A vida muito séria é chatice pura! Eu, com toda essa idade, sempre acho um jeiro de me divertir e dar risadas boas! Leveza é o que precisamos nesse mundo duro!
    beijos levinhos, chica

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    1. Chica,

      tu és dessas que carregam sol no bolso! 🌞 Amei!
      Tua leveza é resistência bonita num mundo que insiste em pesar. E como eu concordo contigo crescer não devia significar endurecer. Que sorte a nossa ainda poder rir, brincar, dançar fora do compasso e achar graça nos dias simples. A criança em nós é o que nos salva do cinza e da pressa. Obrigada por lembrar que alegria também é sabedoria. Beijos cheios de cor e afeto!

      😘🙏🏻

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  4. Fernanda, minha amiga blogsférica que come miojo!
    Tudo bem aí?

    Nossa menina, esse seu texto/poema é muito lindo!
    Lúdico.
    Esperançoso.
    Sabe, a gente deveria viver leve, não só na hora da brincadeira, mas sim, tudos os dias.
    Todas as horas.
    Não pegar problemas alheios para resolver. O que não quer dizer, que devemos ser frios. Mas a gente quer carregar o mundo nas costas!
    Não somos nenhum Atlas, né?
    Eu tenho estudado e lido algumas filosofias orientais e todas elas dizem a mesma coisa.
    Viver leve é o caminho para a felicidade.
    A gente tem que tentar fazer isso.
    E mais, tem que treinar a se sentir feliz com pequenos momentos.
    Tipo: Pegar uma xicara de café, sentar num cantinho confortável e ler um livro interessante.
    Hoje isso perdeu o sentido para essa geração imediatista.
    Mas a gente é de outra geração!
    Temos que voltar a ver graça, onde todos não vêem.

    Um abração minha amiga!
    Belo texto.

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    1. André, meu amigo blogsférico que filosofa até com o miojo! 😄
      Tuas palavras são quase um abraço com café daqueles que aquecem e fazem pensar. Sim, sim, viver leve não é descaso… é sabedoria antiga, daquelas que o tempo confirma. Concordo contigo: não somos Atlas, mas às vezes a gente se esquece e tenta salvar tudo e todos, esquecendo de salvar a própria alma.
      E que bonito isso que disseste: a felicidade como um treino delicado, feito de instantes simples. Um livro, um café, um silêncio que a gente aprende a gostar.
      Talvez a nossa “geração miojo” 😌 como eu diria ainda saiba cozinhar momentos com afeto, mesmo que o mundo ande com pressa.😜
      Obrigada por esse comentário tão bonito. É bom demais dividir essa estrada contigo. Um abraço daqueles que a gente guarda.

      😘🙏🏻

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  5. Querida Fernanda, as tuas palavras me deram uma vontade enorme de brincar. A vida às vezes torna-se uma coisa "chata" e entorpecedora, que nos retira o espaço para descontrair. Precisamos muito de libertar a euforia, brincar com o tempo, quebrar as rotinas e regressar ao tempo de correr descalço ao vento, subir aos ramos da árvore mais alta, usar a rebeldia como quem precisa de se libertar de preconceitos.... e tu dizes isso como ninguém.
    Acho que todos sentimos esse apelo interior, mas por vezes parece faltar um pouco de ousadia... e ser rebelde é sempre um risco. Ah!... Mas é maravilhoso correr riscos! É quando o fazemos, sentimos que temos asas e um irresistível ímpeto de voar!
    Pois... voemos! Voemos... enquanto resistirem as asas!...

    Um forte e carinhoso abraço.

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    1. Albino, que alegria te ler! Teu comentário tem vento, tem infância e tem coragem e me fez sorrir com a alma. Sim, sim… como precisamos dessa rebeldia que não destrói, mas liberta! Dessa ousadia mansa de rir alto, subir em árvores e desafiar o tédio com um estilingue de poesia. Tens razão: todos sentimos esse chamado, esse apelo secreto pra voltarmos a ser leves, pra brincarmos com a gravidade da vida como quem sabe que voar é mais do que bater asas é lembrar que elas ainda existem.
      Voemos, sim! Enquanto houver céu dentro da gente.
      Um abraço grande, com cheiro de infância e brisa nos cabelos.

      😘🙏🏻

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  6. What a beautiful invitation to simply embrace joy and lightness. This poem is a lovely reminder that life doesn't always have to be heavy. The idea of playing at "forgetting the time" and "letting the soul eat ice cream without guilt" is truly wonderful. It is a sweet thought that God, like a child, watches us play.

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    1. Querida Melody, que coisa linda o teu olhar sobre o poema… Fiquei com o coração aquecido por saber que essa leveza chegou até ti como um convite doce. Também acredito nisso: que a vida não precisa ser sempre um fardo, e que brincar, às vezes, é a forma mais sincera de rezar.
      E essa tua imagem Deus, como uma criança, a nos observar com ternura enquanto brincamos é daquelas que quero guardar no peito. Obrigada por trazer mais luz com as tuas palavras. Um abraço cheio de afeto e cor.

      😘🙏🏻

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  7. Acho que a minha mãe era amiga da mãe de Eduardo, pois ela ensinava a mesma coisa: Com Deus não se brinca. No mais, sou adepto da filosofia "quem brinca em serviço tem mais hora de lazer", rsrs. Brincadeira à parte, pois em serviço não se brinca. Às vezes, se tira um "sarro" com o colega que nos faz um bem danado. Sem quebra de respeito e hierarquia, para não terminar no setor de Recursos Humanos e no aviso prévio, rsrsrs. Perde-se um amigo, mas não se perde uma piada, um gracejo!
    No mais é seguir suas recomendações. Já peguei o meu skate, rsrsr, sem medo de ser feliz, e estou descendo para a praça...
    Nanda, falando sério, antes falei também, rsrsrs, mais com uma pitadinha de humor, me apego mais à sua linguagem, à sua dicção e fico aplaudindo em silêncio sua escrita.
    Abraços, Nanda!

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    1. Hahaha 😜
      Eros, teu comentário é daqueles que a gente lê sorrindo e relê ainda mais sorrindo! 😄 Adorei essa conexão entre as mães firmes, sábias e com aquela fé que não se negocia. E confesso que ri alto com teu “skate rumo à praça”, porque é isso mesmo: brincar com consciência é arte, e tu dominas bem essa alquimia entre respeito e bom humor. Mas o que mais me tocou foi tua generosidade em dizer que te apegas à minha linguagem. Isso me emociona de verdade, porque escrever pra mim é coisa sagrada e encontrar escuta em quem lê, como tu, é presente de Deus com laço de afeto. Obrigada por essa partilha bonita, por trazer graça e cuidado no mesmo tom. Abraço grande, desses que a gente dá com palavras e coração.

      😘🙏🏻

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  8. Beautiful poem!
    This Summer a group of 3rd graders told me and my colleagues that we are all twice children: as children of God and our parents!

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    1. Ivana, que lindo pensamento!
      É maravilhoso como a sabedoria das crianças nos lembra que somos duplamente filhos de Deus e dos nossos pais. Isso dá uma dimensão ainda mais especial ao poema, não é? Verdades simples e profundas ao mesmo tempo.

      😘🙏🏻

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  9. Qué bueno que sigas publicando y no te hayas alejado dede bloguer, querida Fernanda. Y además, nos invitas a jugar, porque en la vida hay que distraerse, tener momentos de ocio, para liberarnos de los rutinarios días de cada día.

    Jugar soñando, reflexionando, jugar a divagar, a imaginar, a volver a sentir la niña que llevamos dentro. Juguemos a debatir, a cantar, a recitar palabras desde el alma.

    No dejemos de jugar. Y de disfrutar de estos momentos tan entrañables.

    Un placer habernos invitado a jugar contigo en tu casita.

    Un abrazo enorme.

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    1. María querida,
      Que alegria te encontrar aqui, sempre com palavras doces que parecem carícias na alma! Sim, sigamos brincando de imaginar, de sentir, de escrever, de conversar como crianças grandes que ainda acreditam na beleza dos encontros. A vida já exige tanto da gente… que seja aqui, nesse cantinho, um espaço leve onde a alma pode tirar os sapatos e correr solta pelas palavras.
      Obrigada por vir, por brincar junto, por me lembrar que ainda vale a pena escrever com o coração aberto.
      Esta casita é tua também.

      Un abrazo enorme,
      😘🙏🏻

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)