Você já prestou atenção?
Todos os dias travamos batalhas. Algumas são leves, quase imperceptíveis, como pequenas pedras no caminho. Outras nos exigem força média, aquelas que conseguimos suportar com algum esforço. Mas há também as pesadas, as que nos deixam sem fôlego, as que parecem querer arrancar de nós até a esperança. E é justamente nessas horas que mais precisamos lembrar: não estamos sozinhos.
Há um Pai que jamais nos abandona nas lutas. Ele caminha conosco, ainda que a estrada seja árida. O problema é que, tantas vezes, queremos respostas imediatas e grandiosas, como se a voz de Deus viesse sempre em trovões ou milagres espetaculares. Mas não. Ele fala de muitas formas, e nem sempre estamos atentos para escutar.
Às vezes, é num abraço inesperado que chega na hora exata. Outras, num gesto pequeno de bondade que nos lembra que ainda existe beleza no mundo. Pode ser também num livramento silencioso aquele atraso que nos salva de algo pior, aquele desvio de rota que muda todo o desfecho. Muitas vezes, a voz de Deus é apenas uma certeza suave no peito, uma paz que não sabemos explicar, mas que insiste em nos sustentar.
E então ecoam aquelas palavras tão antigas quanto atuais: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou o coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que O amam.”
É um lembrete de que, mesmo quando tudo parece desmoronar, existe algo maior sendo tecido longe de nossos olhos. Algo que os nossos olhos ainda não alcançam. O coração humano é limitado demais para imaginar a grandeza do que Deus tem para nós. E, por isso, a fé é necessária: porque ela nos dá a coragem de acreditar no que ainda não vemos.
Quantas vezes me vi diante do impossível quando perdi Felipe e minha filha Manuela? Foi tão dificil. Sabe? eu pedia apenas forças para atravessar mais um dia? E foi nesse limite que experimentei a presença mais íntima de Deus. Não como quem retira as pedras da estrada, mas como quem oferece os pés firmes para continuar a caminhada. Ele não promete ausência de batalhas, mas companhia em todas elas conosco.
Talvez seja essa a beleza da fé: confiar mesmo sem entender, esperar mesmo sem ver, amar mesmo sem possuir todas as respostas. Porque, se não enxergamos ainda, é porque o melhor ainda está por vir. O tempo de Deus é outro, e os Seus planos são infinitamente maiores do que as nossas expectativas.
Então, se a tua cruz hoje está pesada, segura firme. Respira. Olha ao redor e tenta perceber os pequenos sinais da presença d’Ele. Talvez não venham em palavras, mas em gestos, em encontros, em detalhes. O Pai nunca nos deixa sozinhos.E lembra sempre: o que Ele tem preparado para ti vai muito além do que teus olhos podem ver agora.
Fernanda
Concordo contigo,Nanda! Tuas palavras são lindas e eu as resumo que com fé nossos caminhos ficam mais fáceis e ainda que trovoadas, tempestades nos cheguem conseguimos mantes o raio de sol dentro de nós.
ResponderExcluirE podem vir carinhos das mais diferentes formas que nos chegam nas horas mais difíceis! Tão bom isso! beijos praianos, chica
Boa noite de paz, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluirNuma hora dolorosa onde "parecem querer arrancar de nós até a esperança", só temos Deus por nós, muitas vezes. Ele é Fiel, jamais nos abandona.
Bem sei como é o luto, já o vivi e sei de cor e salteado como nos sentimos... perdemos o chão.
Sorrimos sim... mas logo, dentro de nós, vem uma dor crucial nos lembrando, sorrateiramente, do que sentimos verdadeiramente.
Meu amado me disse uma vez que não queria que eu sofresse. ele sabia como eu iria ficar e... fiquei... ponho o verbo no passado, mas meu coração ainda sente no presente.
Quanto à perder uma filha, deve ser ainda pior...
É uma dor que sempre peço a Deus que não me faça experimentar.
Você tem toda razão de confiar no Senhor.
Ele não nos abandona, querida.
Vamos vencer!
Somos já vitoriosas, mas vamos vencer ainda mais revesses que virão;
"Tome a sua Cruz e me siga" foi o mandato que recebemos...
Cruz não é mar de rosas...
O Tempo Dele surgirá.
Tem um pensamento que me veio ao ler seu post:
"Onde não houver amor, não te demores".
Seja feliz e abençoada!
Beijinhos fraternos e primaveris
Fernanda querida, nossa!!! Que texto lindo, cheio de fé e esperança... O que acontece, é que os humanos são muito apressados, querem respostas imediatas, e a vida não é assim.
ResponderExcluirEsse fato que nos conta, de ter perdido uma filha, precisamos de uma força infinita, mesmo, e não há outra maneira, a aproximação "Dele" é nossa salvação, ameniza nossas dores.
Meu pai já no leito de sua morte me disse: minha filha, eu não tenho medo de morrer, estou de mãos dadas com ele, não por medo, mas por amor! Só sinto deixar vocês...Choramos juntos, e como...
É isso, amiga querida, isso se chama fé.
Deixo todo meu carinho hoje aqui, essa tua postagem me balançou...
Beijinho. ❤️💜💚🧡
Lindo Fernandinha. Eu creio nesta força que nos move, que nos sustenta e faz este crescimento da fé no que virá. Saber da Generosa Mão que nos ampara, que nos livra de todos os perigos e que nos impulsiona nas lutas, que travamos no dia a dia e somente assim vamos pela travessia com esta teimosia de que amanhã, vai ser melhor e vai.
ResponderExcluirCarinhoso abraço amiga.
This is such a deeply moving and thoughtful post, and I really connected with your reflection that God's voice often comes not in thunderclaps but in quiet moments, like an unexpected hug or a feeling of unexplained peace. Your words about holding onto faith, even when the cross is heavy and you can't see the full plan, are a beautiful reminder to look for those small, steady signs of hope.
ResponderExcluirwww.melodyjacob.com