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07 setembro, 2025
O tempo entrelaçado nos fios
18 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)
Boa noite de domingo, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluirEngraçado... eu não gosto dos meus cabelos presos, talvez porque já tenha e sentido presa a vida quase toda. Ao menos os cabelos posso tê-los livres. Mesmo quando trabalhava (sujeita aos piolhinhos dos pequeninos na escola no início de carreira)...
Nada que me asfixie ou me sinta assim eu me sinto bem.
Quanto ao seu coque super bem feito, ficou uma maravilha. Creia!
A área onde trabalha pede cabelos bem presos mesmo.
É um ritual poético...
Tem razão, fazer do 'dever' uma momento leve, como poesia pura.
A vida passa mito rápido e já tenho sentido saudade da minha... muita, apesar de tudo.
Gostei da beleza de como narrou, com calma e trejeito, um simples coque...
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos
Boa noite, querida Roselia!
ExcluirAdorei seu relato… há uma liberdade sutil em poder escolher soltar ou prender os cabelos, que nos lembra como pequenas decisões do dia a dia podem nos trazer leveza. É bonito perceber que mesmo no “dever”, no cuidado com os outros, você encontrava espaço para se sentir bem consigo mesma. Obrigada pelo carinho com meu coque! Que bom que percebeu a poesia que tento encontrar nos gestos simples. E sim, a vida passa mesmo rápido… mas suas palavras me lembram de contemplar cada instante com atenção e ternura.
Que sua semana seja leve, abençoada e cheia de pequenos momentos de alegria.
Beijinhos fraternos,
😘🙏🏻
Estou aqui, Nanda, entrelaçado nos fios da sua linguagem, que eu admiro tanto. Ainda que eu quisesse, não conseguiria negá-lo, dizer-lhe o contrário. Como sabe o que faz e como o fazes bem. Quase sempre você parece brincar com as palavras ao juntá-las, dando-lhe sentido como se fosse o coque por meio do qual você mergulha na poesia, cercando-a de palavras por todos os lados até dar-lhe os vários sentidos que os seus amigos apreenderão nas entrelinhas como uma poeta na acepção da palavra sabe fazê-lo.
ResponderExcluirUma boa noite, minha querida amiga!
José Carlos
Boa noite, querido Eros!
ExcluirFiquei tocada com sua leitura tão sensível das minhas palavras… É maravilhoso sentir que os fios que entrelaço na escrita encontram voz no coração de quem lê. Brincar com as palavras, como você disse, é mesmo um jeito de tornar a vida mais leve, como se cada gesto, cada linha, pudesse tocar de forma única cada amigo.
Obrigada pelo carinho e pela presença sempre tão afetuosa.
Com ternura
🙏🏻😘🤗
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia Fernanda. Sempre a deixar-nos enredada nas suas palavras tão carregadas de memórias. Um simples penteado leva-nos para a infância, para a juventude e ficamos lá consigo a vê-la ajeitar o cabelo a seu gosto e pensando como corre depressa o tempo. Que bom lê-la.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Bom dia, Graça querida!
ExcluirQue alegria saber que minhas palavras a levam também por esses caminhos de lembrança. É verdade, um gesto tão pequeno, como ajeitar o cabelo, abre gavetas inteiras da memória… e de repente estamos de novo na infância, na juventude, em tantos lugares ao mesmo tempo. O tempo corre, mas a poesia dele é poder partilhá-lo assim, em companhia.
Uma semana luminosa para si também. Um beijo com carinho,
😘
Oi,Nanda,eu acho tão bom e prático prender os cabelos seja em coque bem feito ou como uso aqui na praia, apenas com uma .....(esqueci o nome,rs) e fica um coquezinho despretencioso e aparentemente arrumadinho,rs.... Adoro tuas reflexões e tantas voltas a vida dá quantas as que giramos nossos cabelos por ela afora! Linda semana!
ResponderExcluirbeijos praianos,chica
Chica querida!
ExcluirAh, eu sei exatamente desse “coquezinho despretencioso” que nos salva nos dias de praia e nos momentos apressados, rs! É incrível como até um simples gesto com os cabelos nos lembra das voltas e reviravoltas da vida… e como é bom poder partilhar essas pequenas reflexões contigo.
Uma semana linda e ensolarada pra você!
Beijos praianos com carinho,
😘🙏🏻
Oi, Fernanda. Essa foto aí é a do seu coque? Mas ora, pois, ficou lindo!! Estou bem familiarizado com coques porque minha mãe os usava bastante. Ela tinha longos cabelos lisos que geralmente usava presos em coques. No caso dela era mais por devoção religiosa, pois era costume antigamente as mulheres da igreja Assembleia de Deus usarem os cabelos presos e ao mesmo tempo a proibição de cortá-los.
ResponderExcluirCuriosamente, depois que ela foi ficando mais velhas, começou a deixar os cabelos caídos em rabos de cavalo que eu achava lindo.
Há muita poesia em cabelos arrumados em belos coques ou livres, balançando ao vento.
Olá Eduardo
ExcluirSim, é meu coque mesmo, e fico feliz que tenha gostado! Que lindo o relato da sua mãe… realmente, há tanta poesia nos cabelos, seja presos com cuidado em coques, seja livres, dançando ao vento. Cada gesto carrega memória, tradição e carinho e é incrível como os cabelos, mesmo simples, podem nos conectar com histórias tão profundas da vida e da família. Obrigada amigo, por partilhar essas lembranças tão bonitas.
Um 🤗
Bom dia!!
ResponderExcluirBom... No meu caso a nuca sempre está fresca!
O côco, as laterais e a testa.
Sempre tudo fresquinho, tão fresquinho que as vezes tenhoq que colocar um boné.
Não sei se tem poesia na careca.
Mas a sua postagem como sempre. caminha entre sentimentos, pensamentos e poesia.
Tenha uma linda semana minha amiga.
Boa tarde André!
ExcluirAh moço, a nuca fresquinha tem seu charme, rs! Quem precisa de poesia quando se tem frescor garantido, não é mesmo? 😄
Mas é bom saber que minhas palavras conseguem caminhar ao seu lado entre sentimentos, pensamentos e poesia isso aquece o coração.
Uma semana linda pra você também, meu amigo!
Um abraço 🤗
Querida Fernanda, esta crônica linda comentei como se tivesse lindo um poema, na verdade a li depois de alguns poemas teus. Enfim, é uma bela crônica que adorei, isso porque sou chegadinha em cabelos, cores, corte e penteados.
ResponderExcluirSempre adorei os coques, desse estilo da foto, chique, estilosos! Acho que foi difícil de entender meu outro comentário, me desculpa, querida, ando tão cansada com essas obras aqui que "troquei as figurinhas..." rss
Maravilha de crônica, gostaria de ter cabelo comprido para entrar nesse estilo que usei e tanto gosto. Mas dá muito trabalho.
Beijinho, uma linda semana, querida.
Querida Tais imagina!
ExcluirAté quis criar um texto com barata só pra gente rir depois kkkkk. Mas saiu só isso isso:
A barata aparece.
Eu viro atleta.
Ela some.
Eu viro paranoica. 🫠🪳
Kkkk
Não se preocupe lindona, entendi direitinho! 😄 É lindo saber que aprecia tanto cabelos, cores e penteados os coques têm mesmo esse charme que transforma qualquer dia comum em um momento especial. Realmente, cabelo comprido dá trabalho, mas sempre podemos sonhar com esses estilos e nos encantar com eles, mesmo sem precisar ficar horas no espelho. Desejo uma semana tranquila e cheia de pequenas alegrias, mesmo no meio das obras!
Beijinho com carinho,
😘🤗🥰🙏🏻
😅😂😅 beijinho, querida.
ResponderExcluir🌹💥🌷🙏 gostei da baratinha...
Querida Fernanda,
ResponderExcluirTudo é poesia! E é precisamente nos mais pequenos detalhes da vida que a poesia se revela perante nós. Esse teu coque de cabelo foi como que um poema construído sílaba a sílaba, esquecendo as rimas, mas cuidando da forma e da beleza que se veste o poema, que nasceu entre os teus dedos...
Um beijo com carinho.
Albino, que lindeza!
ExcluirVocê enxergar também poesia em meu coque de cabelo… 🙏🏻
A vida se revela assim mesmo: em gestos que parecem pequenos, mas que carregam dentro de si um mundo inteiro. Talvez seja isso que torna a existência mais leve perceber que cada detalhe pode ser um poema em segredo.
Recebo seu beijo com carinho e retribuo com ternura.
😘🙏🏻