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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

13 novembro, 2025

O Verdadeiro Natal

Aleatoriamente um toque de poesia

O Natal está chegando, e para mim ele sempre foi mais do que enfeites, luzes e presentes.
Natal é nascimento. É o Menino Jesus vindo ao mundo e, se o permitirmos, renascendo também dentro de nós.

Porque o Natal verdadeiro não acontece nas vitrines, acontece no coração.
Ele floresce quando a bondade se faz gesto, quando a caridade se disfarça de abraço, quando o perdão dissolve antigos pesos e a humildade se torna o laço que une todas as coisas.

Bondade é quando olhamos o outro com ternura, mesmo sem conhecê-lo.
Caridade é estender a mão sem medir merecimento.
Perdão é libertar-se junto com quem nos feriu.
E humildade é entender que nada é nosso apenas o amor que damos tem valor eterno.

O Natal é o tempo em que o céu toca a terra, e Deus, mais uma vez, se faz criança para nos lembrar que o recomeço é sempre possível.
É quando o coração se abre e percebe que o maior presente é poder amar, servir e agradecer.

Que neste Natal, Jesus nasça novamente em cada gesto simples, em cada palavra doce, em cada perdão concedido em silêncio.
E que o brilho das luzes lá fora apenas anuncie o que realmente importa:
a luz que acende dentro da alma.
Me digam,o que vocês exergam nesta fotografia?


Fernanda


Esta fotografia, que acredito representar a mão de Deus tirei antes da pandemia. Fiquei maravilhada: mostrei- a às pessoas queridas que estavam comigo e elas não enxergavam a mão lá nas nuvens.Talvez naquele instante os olhos delas estivessem presos às coisas diferentes; os meus, a prece que fazia naquele instante. 
Amo fotografar o Céu,
é ali, que procuro o gesto que transforma o cotidiano em graça.

12 comentários:

  1. Oi, Fernanda! Bom dia! O Natal, apesar de sua presença constante nas memórias coletivas, parece ter perdido para muitos a sua essência primordial. Ao evocarmos o nome do Natal, a mente pronto se enche das imagens familiares — a troca de presentes e a figura benevolente do velho de barba branca trajado em vermelho. No entanto, o verdadeiro nascimento do menino Jesus, epítome do evento, ocupa um espaço cada vez mais relegado ao fundo, obscuro diante da pressa cotidiana que hoje nos acomete. Tal realidade é perceptível para aqueles que desejam enxergar além do véu superficial. Notavelmente, a celebração do Réveillon ofusca muitas vezes a do Natal em valor e significado. Por outro lado, eis que uma imagem esplêndida do céu se apresenta — ao olhar mais atento, anseia-se capturar a sublime impressão da mão de Deus, uma visão cuja interpretação dependerá, como sempre, da natureza do observador, não é mesmo? Abraço!

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    1. Luciano,

      que reflexão mais lúcida!
      Você consegue tocar exatamente nesse ponto em que o Natal se esvazia do sagrado e se enche de pressa e ainda assim nos lembra, com delicadeza, que a essência continua lá para quem tem olhos de ver.

      A imagem do céu como possível “mão de Deus” fechou tudo com chave de ouro: cada um enxerga conforme a própria essência! Obrigada

      Um abraço,
      🤗

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  2. Boa tarde de Paz, querida amiga Fernanda!
    Que lindeza a Mão de Deus lhe (nos) sustentando! Nitidamente.
    A Pandemia da Covid foi um horror que só Deus para nos salvar quando me lembro que fiz uma cirurgia no período crítico onde ninguém tinha sido vacinado e fiz outra quando só a saúde tinha sido e cá estou...

    Um lindo post do periodo que amo muito mesmo sem tantos amados mais.
    Aqui bem pertinho, na praça das Castanheiras, minha praia de todo dia, estão armando a Vila Natalina. Vai ficar tudo iluminado e lindo.
    As lojas já estão cheias de adornos...
    Hoje, enquanto esperava um documento para assinar, olhava os prédios e lojas de onde estava e pensava que o comércio não 'degusta' uma data e já está em outra...
    O espírito natalino passa longe...
    Um tempo tão lindo, meu Deus!
    Vamos fazendo a nossa parte nos modos diversos que você põe aqui...
    O Menino Deus merece nosso Amor de retribuição.
    Tenha dias amorosos e abençoados!
    Beijinhos fraternos

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    1. Roselia,

      que mensagem doce!
      É tão bonito perceber, nas suas palavras, essa certeza silenciosa de que a Mão de Deus realmente nos sustenta ontem, na pandemia, nas cirurgias, nos medos, e hoje também, nas pequenas esperanças que vão renascendo.

      Sua descrição da Vila Natalina chegando aos poucos, contrastando com o comércio que “não degusta” o tempo, é de uma sensibilidade enorme. O Natal merece essa pausa, esse recolhimento, esse amor devolvido ao Menino Deus como você tão bem disse.

      Obrigada pelo carinho e pela luz que sempre coloca nas entrelinhas. Dias abençoados para você também, querida.
      🙏🏻😘

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  3. Olá Fernanda.
    Jesus deveria ser a ideia central do Natal e o nortear da nossa vida.
    Mas infelizmente o mundo está caminhando para outros rumos.
    O comércio e os intereces das corporações tratam de fazer a cabeça das pessoas que ficam cegas e cada vez mais ateias.
    Bela postagem.

    Um abraço, Fernanda.

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    1. André,

      você disse tudo de forma direta. O Natal só faz sentido quando Jesus é o centro e, de fato, o mundo tem se distraído com brilhos que não iluminam nada por dentro.

      Mas ainda assim, sempre existe um pequeno grupo que insiste em manter viva a essência, o gesto de fé, a lembrança do Menino que mudou tudo.

      Obrigada pelo olhar e pela presença! Outro abraço.

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  4. A mim incomoda bastante esse crescimento cada vez mais assombroso do velho Noel, deturpando o sentido principal da celebração, Deus fazendo-se menino.
    Impressionante a foto.

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    1. Cesar, você tocou num ponto muito verdadeiro.
      Também me entristece ver como o brilho comercial do “velho Noel” vai engolindo, ano após ano, o sentido real do Natal esse mistério tão bonito de Deus feito menino, tão simples e tão profundo.

      E sim, a foto realmente impressiona. Às vezes o céu fala mais alto que toda a confusão aqui de baixo né?

      Abraço!

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  5. Nanda, a cada ano que passa menos me atrai essa época de Natal. Vejo mais e mais coimércio e esquecimento do real sentido da data! Uma pena! Há anos não consigo um Natal tranquilo, apenas com lembrancinhas e sem tantos comes...rs... Mas, o bom é a família reunida! beijos, adorei essa foto! chica

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    1. Chica,

      entendo demais o que você diz. Também sinto que o comércio vai tomando um espaço que não pertence a ele, abafando o que o Natal tem de mais simples e verdadeiro. Ainda assim, é bonito quando conseguimos preservar, mesmo que em pequenos gestos, esse lugar de encontro e de afeto que a data representa.

      A foto parece lembrar justamente isso: há sempre algo maior, silencioso e luminoso, por trás de toda a correria.
      Beijos, querida!😘🙏🏻

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  6. Maravilhoso texto, Fernandinha!
    Na foto vejo a mão de Deus estendida, ofertando quem sabe, felicidade!
    Essa época, de Natal, dá para ver muito bem que os valores cristãos estão deturpados, deformados. O comércio tomou conta, os gastos, o cansaço tomaram conta desse lindo Dia.
    Um lindo fim de semana, querida amiga!
    Beijinhos e carinho daqui do Sul!
    🎀💥🎅🏼❤️🤶🏼

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    1. Tais, querida,

      obrigada pelo carinho.
      Também vejo essa mão estendida como um convite talvez para lembrarmos que a verdadeira alegria não está no excesso, mas na essência. O Natal se perdeu um pouco nas luzes artificiais, mas ainda assim guarda uma luz que não se apaga: a do amor que veio ao mundo.

      Que possamos resgatar isso, cada uma à sua maneira. Beijinhos com afeto daqui até o Sul!
      😘🙏🏻

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)