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13 novembro, 2015
Mais um dia.
Houve um tempo em que eu era aquela menina que estava “sozinha”.
E nesse dia lindo de sol meu coração dançou quando olhei em teus olhos, e dançou forte como se falasse por dentro de mim que queria ir de encontro àquela alma de transparência que formava a menina de teus olhos.
O céu estava lá para conferir aquilo, que se fazia um tsunami por dentro de mim. Devia haver cupidos peraltas entre você e eu para aquele terremoto de amor. Tudo se fazia tão novo e eu que entendia tanto de amor, não sabia que nome dava àquela avalanche. E disse: calma Fernanda! Eu não me reconhecia ali. Precisei sentar um pouco para tentar entender aquilo.
Você chegou à minha vida, feito a beleza do dia numa manhã de primavera. E se havia cinza ainda no meu caminho você coloriu. Eu sei que algo em mim mudou, e quando eu dizia para um menino que estava cedo para namoro, contigo eu disse sim só com o olhar.
Tive medo do que não entendia, mas aos poucos fui aprendendo que o amor pode se caracterizar também numa moça e num rapaz. Aquele sentimento que eu não compreendia e que estava guardado, soube vir à tona e eu me vi uma mocinha ali com o seu primeiro amor. Tudo tão novo e você tão apaixonado também lembra? Eu sei que lembra.
Você passou a compreender os meus receios e saber de minha história, jamais iria escondê-la. Mesmo porque ela está tatuada em meus olhos, em minha alma... Serei para sempre a Fernandinha, crescida agora, mas que continua a mesma por dentro.
Eu te vi chorar por isso, e por mim você se tornou um pouco de cura para o que ainda doía. Era um dia de sol, final de manhã e uma bela amizade nascia antes de qualquer precipitação. Tudo isso é tão bom recordar.
Meu amor, eu sinto sua falta. Esse tempo que nos mandou ir viver e entender o quanto é precioso o que temos, fez tudo ficar mais firme, mais forte. Nesse lugar eu vejo o verde imenso e penso na esperança dos dias que serão mais felicidade ainda. Tantas coisas a colecionar, mas há pouco para esperar agora porque cada dia é um dia.
Mais um pouco apenas e tudo se realiza. Tudo foi medido pelo tempo do amor. O hoje é dia de choros e tristezas, que nome dou ou seja lá que nome tenha. Me dizendo todos os dias: Paciência... Só mais um pouco. Não estamos perdendo e sim ganhando.
Sempre fomos você e eu, desde aquele primeiro olhar. Estou aqui na janela, olhando a noite, como ela é linda e misteriosa. Eu queria escrever mais, mas não estou conseguindo agora, estou cansada. meu coração dói.
Fica bem, eu te amo.
____________
Fernanda
2 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)

Bonito Fernanda,
ResponderExcluirLindas lembranças que na Primavera aflorarão e deixe que elas lhe abracem.
Tudo foi lindo que viveu e marcou, é seu somente seu para toda vida.
Abraços amiga fique bem por voce e pelos que de voce esperam.
Sim, estou tentando vou conseguir pois tenho pessoas que me amam, e estão ao meu lado incluindo os meus amigos tão queridos (vocês)!
ResponderExcluirObrigada!