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16 agosto, 2016
Milagres
4 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)
Uma imagem linda de uma flor que belamente cuidada no seu florescer.
ResponderExcluirA vida, tem tudo da natureza, é a própria em manifestação.Com suas delicadezas avivam nossa sensibilidade e faz este pensar perfeito. É o amor sim Fernandinha.Não nada mais poderoso que este para fazer a vida fluir.
Feliz com você, um dia por vez.
Deus a ilumine e proteja em cada suspiro.
Que a semana esteja leve e alegre.
Bjs de paz no seu coração.
Tens toda razão meu amigo querido.
ExcluirE eu feliz por ter voltado aos amigos queridos.
Obrigada Toninho.
Que assim seja!
É preciso tão pouco para entender o milagre da vida. Basta olhar com amor e carinho para as coisas simples que ela nos oferece.
ResponderExcluirLindo o seu espaço. Bom vir aqui.
É sim Sônia!
ExcluirOlhar desta forma é dádiva amiga.
Obrigada pelo carinho.
A "casa" é sua
Beijinho