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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

30 junho, 2017

Poesia sem véu






Glamour,
Visão dos expectadores...
Há grandes papéis
Há poesia
Há experiências
Há amor e isso é o mais importante.
Uma bela definição? Talvez.
Mas o que toca fundo em meu peito é Deus
e o domínio do bem
Arte e característica sem mudanças de exterioridades.
Então a manhã se completa
com uma áurea de plenitude
é o sentido.
Exponencialmente eu vejo o amor como o mais belo conhecimento
que podemos alcançar se ansiarmos.
Amar é poesia séria eu diria.
Sou uma das admiradoras desse "cara"o AMOR
e essa é a parte mais importante.
O dia está vibrante, cheio de profundidades,
Transformações pertinho do coração.
Que floresçam em nós essa poesia sem “vestes”
pura totalmente exposta nos atos
no olhar
na linguagem
Que a palavra seja lançada verdadeira
com prudência
revelando cada sentimento.
Que o vejamos como a lagarta
que ganhou asas numa borboleta.
Se empolgue com o amor
Não deixe de dizer o que pensa
apenas diga com jeitinho mas diga!
A mentira é como ruga
que se forma na pele.
Ela vai envelhecendo sua vida
até tomar sua alma.
É radical o que escrevo? Talvez
Mas eu prefiro minha alma
lisinha, lisinha
como poesia sem véu


Bom dia!

6 comentários:

  1. Que lindo! :) O que seriamos nós sem o amor... Beijinhos
    --
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  2. Mentira não fica nunca legal! E o amor é mesmo "o CARA".... LINDO! beijos,tudo de bom,chica

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  3. "Quero um poema, mesmo que imperfeito, mas que fale de amor"...
    Sem o amor verdadeiro é como se houvesse um frio em tudo o que nos cerca.
    Gostei do poema. É belo e inspirador.
    Um beijo.

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  4. A poesia deve ser sem véu nem casca... afinal, como disse a saudosa Natália Correia, poesia é para comer.
    Magnífico poema, gostei imenso.
    Fernanda, um bom fim de semana.
    Abraço.

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  5. Oi, Fê!
    Nhá! Lindo demais!
    Também prefiro a verdade, ainda que doa, a uma mentira enfeitada!
    Seus versos finais: nossa!
    O modo como você (d)escreve o amor... Bom, sempre me faz (re)pensar!

    Beijos! =)

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  6. Lindíssima poesia sem véu, na medida certa deste coração apaixonado pelo "cara" que faz de nós seres vibrante e cativantes pela verdade do sentimento puro e maduro em plena revelação.
    Lindo Fernandinha.
    Bjs de paz menina.

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)