Aguarde os próximos capítulos...

Quem sou? Careço dizer mais alguma coisa? Estou aqui. Apenas revisitando lembranças. Vinicius me entenderia depressa. Nasci numa indecisão em trânsito, entre Itália e Rio. Sei bem do Rio que me abarcou por inteira. Marinheira sem se dar conta no barco do mundo, Naveguei de esquina em esquina. Falar sobre mim? Como poderia falar sobre mim? Até tentaria, mas fica uma lacuna entre os meados dos tempos que não lembro, por ser muito pequena. E eu sempre achei que fechar bem os olhos e puxar os resquícios de uma infante bem, bem pequenina, me deixaria à tona, ou exporia o passado de maneira que ele não pudesse fugir de minha mente, mas aquela data tão lá atrás até os 4 anos, eu lembro tão pouquinho, quase nada. Fiquei mais esperta dos 4 para cá, daí eu lembro muito bem. Foi um atropelo só. Conhecia bem o viver de outros, os do lado de lá, que agora estou. No lado daqui, não se sabia etiquetas, não se conhecia o chá das cinco, nem hora para as refeições, era tudo tão cheio de “se”. Gosto da parte que eu já escrevia nas folhas soltas, num papel de embrulho, nas palmas das mãos. Sim, porque eu escrevo com as duas mãos, minha vantagem (risos). Quando cansa de um lado vou para o outro, elas me ajudam e revezar. Escrevo sobre o que vivi e o que vivo, sou eu mesma a minha poesia. Minha história de vida sem muitos atrativos, sem fofocas, apenas o que acontece, meu real. Nasci em setembro, época das flores, primavera me abraçou inteira. Devo ter me adaptado à maneira que fui cuidada, não me lembro de nada, apenas da parte em que eu já tinha 4 anos para cá. Dividíamos um beliche, eu e outra amiguinha. Recordo de levantar no meio da noite e ficar sentada na beira da cama, porque minha amiguinha fazia xixi em toda parte do lado dela e do meu na nossa caminha. Sou extrovertida, mas não gosto de síntese. Minha mania é escrever, escrevo em tudo, até na sola do pé se me falta papel ao lado. Minha cabeça vive a mil por hora e se eu fosse fazer- lhe a vontade, não teria mais onde empilhar agendas. Apenas me defino escrevendo. Não sei me saber sem escrita. Isto é um pouco de mim. Até os próximos capítulos....

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

14 janeiro, 2025

Afago



Se nas noites sou estrelas,
E te pareço brilho de lágrimas,
Olhe minha face ao Sol.
E irá saber que reguei no sal do mar,
Nas noites de tempestades.
Conheci a mão do Pai, naqueles que encontrava.
Era parte do seu AMOR
Cada pedra que saltava.
Me apaixonei pelas flores, pelo barulho das ondas,
A fúria dos arrecifes parecia o Criador, 
Dizendo não se preocupe
Pois do seu ladinho estou.
Olhava a lua tão bela,
Iluminando por ali
Parecia anjo da guarda ajudando-me a dormir.
Sempre serei muito grata 
Ao que me sustentou
Que refletia a bondade 
Desse Pai nosso Senhor!
Era lá que matava minha sede,
E sabia meu valor.







Aleatoriamente um toque de poesia

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Tenho olhado o tempo...
Quando estou tomando um café, ou na varanda.
Quando estou mergulhada nos livros, ou no trabalho.
Ele me diz: Paciência Fernanda.
Sim tempo, eu tenho paciência...

Fernanda Marinho
Ah posso pedir para me conhecer melhor?
Então vem aqui ó!

https://linguagem-miuda.blogspot.com.br/