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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

23 abril, 2025

A beleza de repartir

Aleatoriamente um toque de poesia

A solidariedade é o gesto mais bonito da alma.
É quando o coração deixa de ser apenas um abrigo para si mesmo e se torna casa para o outro também.

Ser solidário não é ter muito, é ter sensibilidade.
É perceber a dor que o outro não disse, é oferecer o pouco com verdade, é estender a mão mesmo quando a gente também está precisando de apoio.

A solidariedade tem o dom de quebrar as distâncias.
Não importa onde você esteja, quando ama e se doa, você chega.
Você toca.
Você transforma.

Não é sobre grandes atos, é sobre pequenas ações com grande amor.
Um sorriso, um prato de comida, um silêncio respeitoso, um abraço que consola.

O mundo está cansado de discursos… mas ainda se emociona com gestos simples.
Porque no fim, o que permanece não é o que juntamos, mas o que entregamos.

Solidariedade é o modo mais puro de dizer: “você não está sozinho”.

E quando isso é verdadeiro, Deus se faz presente.


Fernanda

4 comentários:

  1. Nossa!! Lindamente escrito, com razão, com sensibilidade, com solidariedade implícita!
    Gostei demais, amiga! Aplaudo muito daqui de longe! Na verdade estamos perto...
    Beijos e uma ótima continuação de semana.

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  2. Olá, Fernanda.

    Você expôs muito bem e com beleza literária o tema que se propôs. Creio que essa frase resume tudo: "Não é sobre grandes atos" - é exatamente isso, solidariedade não tem a ver com grandes doações a quem está longe, antes de tudo, são pequenos gestos para quem está ao nosso redor.

    Abraços

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  3. Antes de mais, muito obrigada pela visita ao Começar de Novo; espero que tenha gostado e que volte mais vezes. Também acho que o importante são os pequenos gestos, um sorriso, um olá, umas palavrinhas a pessoas que sentem necessidade de quem as escute; não vale a pena tanta correria, mas, hoje todos andam com pressa e tantas vezes se esbarram connosco na Rua sem sequer pedirem desculpa pelo encontrão. Como diz Augusto Cury, nós somos eternos no significado que deixamos na vida dos outros e é isso que fica, Fernanda. Os bens materiais não os levamos, mas depressa desaparecerão ; o amor que demos, a atenção, o respeito pelo outro, de certeza que ficarão para sempre no coração de quem recebeu esses gestos. Amiga, gostei muito e com certeza voltarei. Fica bem, com saúde, serenidade e muito carinho à tua volta. Beijinhos
    Emília 🌻 🌻🌻

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  4. Olá, querida amiga fernanda!
    Não importa onde você esteja, quando ama e se doa, você chega.
    Sim, mesmo que não nos deem valor, vamos chegando, nos doando, porque Deus tudo vê, fica feliz com nosso altruísmo. Outros nos doam amor fraterno.
    Tenha dias pascais abençoados@
    Beijinhos fraternos

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)