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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

22 abril, 2025

Onde o Sol toca

Aleatoriamente um toque de poesia

Tem dias que o sol não nasce só no céu… ele nasce dentro da gente.
É quando a alma sorri sem motivo aparente,
quando o coração se abre feito flor no meio da rotina,
quando o simples tem gosto de milagre.
O calor do sol lembra o calor do abraço,
do gesto generoso, da palavra que levanta.
Tem gente que é como o sol: chega e clareia o ambiente.
Fala pouco, mas transforma.
Ama sem fazer alarde.
Ajuda sem esperar palco.
No trabalho solidário, o que mais vale não é o quanto se faz,
mas o quanto se sente enquanto se faz.
É olhar nos olhos de alguém e enxergar um irmão.
É saber que o bem não precisa de plateia.
Ele precisa de presença.
Ser luz não é brilhar sozinho.
É acender caminhos por onde se passa.
É oferecer calor mesmo quando se está cansado.
É repartir a alegria como quem reparte pão.
E no fim do dia, quando o sol se despede do mundo,
a alma que amou, ajudou e sorriu…
essa não se apaga.
Ela continua iluminando por dentro.

Fernanda


2 comentários:

  1. Tão bom quando acontece isso,Nanda!
    Adorei te ler! beijos, chica

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  2. Olá Fernandinha!
    Uma beleza de analogia para descrever as "coisas mais maiores de grande" de gente que vem para brilhar, de gente que vem para ensinar o diferente. Gente que faz e acontece pelo coração efervescente e transparente na arte de viver pelo bem e com este fazer um mundo mais leve e elegante, um mundo que se espelha ao Sermão das Bens Aventuranças.
    Gostei querida amiga.
    Bjs e paz no coração.

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)