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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

02 junho, 2025

Bilhete ( Namorido)

Aleatoriamente um toque de poesia
Bilhetes num dia comum
(Entre uma xícara e um plantão.)

Bom dia, amor.
Não quis te acordar então...
O café tá passado e sua camisa azul tá passada também (a que você gosta).
Não esquece de almoçar e se puder, leva um docinho pra Sandra, ela anda meio cinza. Te vejo lá no final do dia… Ou no pensamento, o tempo todo.

♥️
Nanda!😘


6 comentários:

  1. Lindo e doce recadinho, bilhetinho de amor! beijos, chica

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    1. Chica, que bom receber teu olhar sempre tão generoso! Às vezes, um bilhetinho carrega mais do que palavras carrega o cuidado, o tempo partilhado, o amor quietinho que se revela em gestos simples. Obrigada pelo carinho de sempre! Beijos

      Nanda!

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  2. Querida amiga Fernanda, que amor!
    Assim dá gosto de conviver com namorido, com o amor da nossa vida.
    Só assim... com pequenas gentileza e a maior dela, para mim, não foi passar a camisa... nem o cafezinho fumegando... nem a preocupação com quem amanheceu azeda na família, sim se verem em pensamento o dia todo... que lindo!
    Namorar assim é bom demais, entregando tudo...
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos fraternos de paz e bem

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    1. Querida Roselia, que alegria ler seu comentário tão cheio de ternura! Você captou com tanta sensibilidade o que mais importa: esse encontro de almas que se mantêm unidas mesmo quando estão distantes, pensando uma na outra no meio da rotina, nos silêncios e nos gestos mais simples.
      É isso que faz tudo valer a pena saber que o amor está ali, presente, mesmo quando não se diz, mesmo quando o dia é difícil. Muito obrigada pelas suas palavras lindas, que aquecem o coração! Uma semana abençoada pra você também, com muita paz, bem e carinho espalhado por onde passar.

      Beijinhos com afeto

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  3. Oi, Fernanda!

    Muito lindo o bilhetinho. Uma doçura. Adorei. Tão bom escrever assim... e receber então, é uma beleza!

    (Nooossa! Como estou ultrapassada. Acredita que eu não conhecia essa palavra "namorido"? Vou procurar me informar melhor pra ver o que significa. Preciso me aproximar mais do dicionário, rs rsrsrs)

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  4. Oi, Marli querida!

    Fico tão feliz que tenha gostado do bilhetinho! Essas pequenas palavras carregadas de afeto têm mesmo o poder de adoçar os dias, né? Escrever é uma delícia… mas receber, ah, é um presente com laço de sentimento!
    E quanto ao “namorido”.
    É uma dessas palavrinhas inventadas pela vida pra dar conta de quando o casal se casou mas continua o namoro, só que de outra forma. Namorido guarda aquele encanto de namoro sempre. Um jeitinho popular, divertido e carinhoso de dizer que o coração chama de namorado
    O marido 😄
    Você está longe de estar ultrapassada… está é sempre atual com sua alma cheia de sensibilidade e bom humor!

    Um beijo grande e cheio de carinho!
    Bjinho

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)