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25 junho, 2025
Plenitude
11 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)
É maravilhoso o que escreveste Fernanda!
ResponderExcluirO teu poema abre horizontes, faz-nos olhar para dentro de nós em busca de algo novo que ainda não tivéssemos descoberto.
“Nesse instante breve onde o Céu cabe dentro”, que a felicidade seja contagiante e suficiente para compartilhar. Que nunca falte amor na felicidade nem felicidade no amor, porque só o amor conserva tranquilo e feliz o coração na plenitude da paz.
Ama intensamente e atingirás a plenitude!
Um abraço amigo
A.S,
Querido Albino,
ExcluirTeu comentário chegou aqui como sopro de uma luz que reflete paz, dessas que a gente acolhe com silêncio grata, porque toca fundo.
É precioso perceber que minhas palavras encontraram em ti um algo sensível e generoso.
Essa partilha entre versos e almas é o que faz da escrita um gesto de encontro, não é? Que sigamos abrindo horizontes e vasculhando dentro, onde moram os silêncios mais reveladores.
E que a felicidade seja mesmo essa travessura boa do amor, que se dá sem medida e repousa onde há paz.
Com carinho e poesia,
Fernanda!🙏🏻
Boa tarde de Paz, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluir"No centro do meu ser,
um vulcão flamejante arde,
não em fúria,
mas em fé."
Como sou grata a Deus por ter em mim um vulcão em erupção da fé!
"No aconchego do divino,
sou parte,
sou ponte,
sou paz."
Em.nosso amado Deus é onde me refaço, me encho de serenidade e amor. É o seu Coração Sagrado que me sustenta.
Não fosse seu Amor, não teria força de seguir em certas situações.
Gracas sejam dadas a Ele, e a você por poetizar tão grande e diferenciado Amor.
Tenha uma tarde abençoada!
Beijinhos fraternos
😇🙏🤝😘
Boa noite,minha querida Roselia!
ExcluirQue alegria ler suas palavras e sentir essa chama viva de fé que nos une! Um vulcão em erupção da fé resume tão bem essa força que brota do nosso íntimo: não é fogo de destruição, mas luz que aquece a alma e dá coragem de seguir. E, de fato, no aconchego do Coração Sagrado, reencontramos paz, amparo e a certeza de que nunca caminhamos sozinhas.
Sou eu quem agradece a você, por compartilhar essa entrega tão generosa ao Amor Divino. Suas palavras me inspiram e me lembram de que, na poesia da espiritualidade, cada verso é um encontro com o mistério e a bondade de Deus.
Que sua noite continue abençoada , cheia de serenidade e desse amor que sustenta todos os nossos passos.
Beijinhos fraternos,
Fernanda
É tão importante desfazer-se do peso sobre os ombros, liberar as tensões e deixar a alma livre. E você consegue fazê-lo de forma poética e, ao mesmo tempo, reflexiva. Num belo trabalho de linguagem você conjuga as formas verbais: prender, expandir e curvar-se, associando-as para explicar a força da coragem que emana do coração, explicada pela sua raiz etimológica. Mais um belo poema.
ResponderExcluirObrigado pela partilha!
Um abraço,
É tão importante desfazer-se do peso sobre os ombros, liberar as tensões e deixar a alma livre. E você consegue fazê-lo de forma poética e, ao mesmo tempo, reflexiva. Num belo trabalho de linguagem você conjuga as formas verbais: prender, expandir e curvar-se, associando-as para explicar a força da coragem que emana do coração, explicada pela sua raiz etimológica. Mais um belo poema.
ExcluirObrigado pela partilha!
Um abraço,
Boa tarde Fernanda,
ResponderExcluirUm poema sublime, onde o sagrado sobressai com toda a espiritualidade, que existe no mais íntimo do seu âmago.
Maravilhoso, simplesmente.
Beijinhos,
Emília
Boa noite, querida Emília!
ExcluirSeu carinho me enche de alegria: saber que o sagrado e a espiritualidade do poema chegaram ao seu íntimo é a melhor recompensa que eu poderia receber. Obrigada por suas palavras tão gentis e inspiradoras. Que esse sentimento de maravilhamento continue a nos guiar e a iluminar nossos dias.
Beijinhos,
Fernanda!
Ah, que lindo esse lugar de repousar!
ResponderExcluirQue linda essa liberdade no amar.
Já disse e repito, você escreve lindamente!
Bjsssssssssss
Marli, suas palavras são um abraço suave ao meu coração!
ResponderExcluirFico feliz que a escrita tenha tocado você assim.
Obrigada pelo carinho de sempre!
Beijinhos 😘
Lindo momento na evolução do espiritual e deixar-se plena como deveria ser sempre sob o signo do amor. Muito bonito Fernandinha.
ResponderExcluirBjs