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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

10 junho, 2025

Ptolomeu… e o coração

Aleatoriamente um toque de poesia




Segundo Ptolomeu, a Terra é uma esfera posta no centro do universo.
E às vezes, quando penso em ti, acredito que ele tinha razão 
porque quando te amo, tudo gira em torno de ti.

Diziam que a Terra era feita de quatro elementos:
terra, fogo, ar e água.
E talvez o amor também seja assim.

Contigo, sou terra 
quando me torno chão firme onde tu podes descansar teus cansaços.
Sou fogo 
quando teu olhar me incendeia em silêncios que não precisam de palavras.
Sou ar 
quando voo em pensamentos onde tu existes em cada céu que imagino.
E sou água 
quando transbordo, sem medo, o que sinto.

Amo-te com uma força que não precisa provar nada a ninguém.
O mundo pode ter mudado, as teorias também.
Mas em mim, tua presença continua sendo o centro.
És o ponto fixo em torno do qual tudo se move,
a estrela que não cansa de brilhar,
mesmo quando não vejo.

E se Ptolomeu um dia olhou para os céus em busca de respostas,
eu olho para ti 
porque tudo o que procuro
se alinha no compasso do teu nome.

6 comentários:

  1. Querida amiga Fernanda, semana dos Enamorados aqui no Brasil, não poderia ser mais coerente com o tema hoje abordado por você.
    "Quando te amo, tudo gira em torno de ti."
    É inquestionável!...
    No amor, creio que me identifica com todos elementos, mas, hoje, com o abaixo recortado:
    "Sou água
    quando transbordo, sem medo, o que sinto."
    Medo não combina com 9 amor. Ele nos dá uma coragem do tamanho do mundo. Somos capazes de enfrentar Terra e céus.. por amor.
    A afinidade final do sua prosa poetica está nlindamebtw colocada
    O alinhamento compassado dá paz aos amantes enamorados.
    Muito lindo tudo aqui
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos fraternos de paz e bem

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    1. Roselia, querida, que sensibilidade a sua você sempre acolhe as palavras com o coração aberto.
      É isso mesmo, o amor verdadeiro nos dá uma força mansa, mas poderosa. Ele não pede licença para ser pequeno ele chega inteiro, como você bem disse, com coragem para enfrentar Terra e céus.
      Sua presença aqui, com tanta ternura e poesia, é sempre um presente.
      Um beijo com carinho, e que seus dias também sejam doces, leves e cheios de encantos!

      Com carinho 😘

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  2. *me identifico
    **com o amor
    ***lindamente

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    1. Você é poesia querida. Uma bela e linda de amor. Obrigada!

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  3. Ah, Nanda, há os compassos estão perfeitos para esta sinfonia que rima com sintonia e elegia (a poesia está nos bemóis).
    Não preciso perguntar-lhe se você estudou composição porque esse conhecimento vem pelos sentidos em partilha e cumplicidade.
    Sairei de fininho e em silêncio,

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    1. Ah, Eros,
      quem sente a música das palavras reconhece a melodia até no silêncio dos espaços. Esses bemóis que você notou… são suspiros disfarçados de letra.
      Não estudei composição formal, é verdade mas aprendi a afinar a alma no ouvido de quem lê com o coração. Fique o quanto quiser, ou saia de fininho 🥰mas leve contigo essa partitura leve que nasceu do improviso, em partilha e cumplicidade.

      Com afeto (e um bemol no olhar),
      Nanda 🎶

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)