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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

11 agosto, 2025

O Blog, Meu Diário Vivo

Aleatoriamente um toque de poesia

O blog, para mim, é um diário aberto, um lugar onde venho escrever o que acontece dentro e fora de mim. Não o encaro como uma obrigação, mas como um divã silencioso, que me escuta sem pressa e sem julgamentos. É aqui que extravaso emoções, organizo pensamentos e guardo lembranças mas também é aqui que me encontro quando saio para visitar e comentar nos cantinhos dos amigos.
Nessas idas e vindas, descubro plenitude e aprendizado, porque cada um carrega sua maneira única de ver a vida. E, ao ler o outro, aprendo a me ler melhor.

Quando não venho direto, não é por falta de vontade. É porque estou vivendo meus outros papéis: sendo profissional, esposa, mãe e filha. E, confesso, a vida fora da tela também exige presença e entrega. Mas, quando tenho uma folguinha, corro para cá. Aproveito cada minuto. Escrevo quase um texto atrás do outro, porque não quero perder a chance de aprisionar as palavras naquele exato momento, enquanto elas ainda queimam, frescas e vivas, na minha mente.

Talvez seja isso que mantém o blog pulsando: saber que ele não é apenas um espaço para escrever, mas um lugar onde teço caminhos entre almas que se reconhecem. Aqui, cada texto é um pedaço de mim que encontra um pedaço de alguém. E juntos, vamos costurando histórias, sonhos e verdades.

E talvez alguns até pensem: “Nossa, mas comentar de novo?”  kkkkk, não precisa não, viu? Eu apenas coloco vida pulsando, e está tudo bem. Escrevo porque preciso respirar por meio das palavras, e às vezes essa respiração vem em fôlego curto, outras vezes em maratona.
Não é cobrança, não é troca medida. É movimento natural. É como regar plantas: a gente não espera que elas respondam, mas sabe que a água chega e faz diferença.

No fundo, o blog é isso: uma conversa sem hora marcada, onde cada um chega como está, com o que pode oferecer naquele instante. Eu venho com histórias, reflexões e fragmentos do meu dia; outros vêm com palavras de carinho, olhares diferentes, ou mesmo só um silêncio que também fala.

Talvez um dia, quando reler tudo o que escrevi aqui, perceba que não estava apenas registrando acontecimentos  estava construindo um mapa de mim mesma. Um mapa cheio de curvas, pausas, gargalhadas e alguns atalhos que só o coração entende.



Fernanda

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)