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28 fevereiro, 2015
Refreei
Uma espera, o relógio seguindo seu curso, o tempo não para...
Dificilmente o encontro seria tão fácil, e não bastaria mudar o roteiro.
Preparar-se...
Olho em volta, eles estão crescendo e eu com eles.
Um dia...
Tudo mudou tão lindamente, eu poderia dizer agora era uma vez.
Tudo se tornou real desde que as pedras cessaram.
Sentir saudades das vivências? Tudo foi como deveria ser.
Chegou o momento de ser diferente e foi.
Vejo o céu em noites de estrelas, e sei que você está no brilho de alguma delas, sinto o toque de seu carinho num estalar de um beijo, com você eu pude conhecer o que é ser humano, o que é caridade e carinho.
Tudo bem, pode deixar, eu não vou chorar.
Eu só queria contar que pulei mais um obstáculo viu?
Você merece saber porque apostou em mim, quando nem eu mesma conseguia ter essa certeza.
Eu vi o céu azul hoje cedo, e o sol apontando no horizonte, então pensei: ela deve estar teando nas nuvens. Os valores não são presentes de gregos, o Senhor do alto os modelou com pérolas únicas.
Eu refreei minhas lágrimas, mas é difícil quando a saudade me lembra teus olhos doces.
Mas vivemos coisas tão lindas né vó?
Obrigada por seu modo de amar.
Aprendemos uma com a outra.
Por isso não posso dizer adeus, sei que não poderia dizer.
Então vejo o céu quando preciso saber de ti, quando careço desse “colo”.
Não é porque esteja triste, mas porque o especial é eterno.
O meu jeito é esse, é assim que sou.
Desse jeito onde sempre tudo começa e sorrio de dentro pra fora.
Você disse que nunca queria me ver chorando lembra?
Mas eu te disse que seria impossível.
Tenho sensibilidade na menina dos olhos, no entanto, o sentir começa no coração.
Quando sinto saudades tenho tentado ser forte, cumprir mais um pedido teu.
Tenho o mais belo tesouro e sei que tu te orgulhas disso.
Então é isso vó, eu quero mandar um beijo.
Eu estou bem e muito feliz.
____________
Maria Fernanda
2 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)
Ah, llindo teu texto e fiquei com saudades do meu vô. Existem pessoas que nos marcam, fazem falta e ao lembrá-los nos fazem sorrir. Tenha uma semana abençoada. Bjs
ResponderExcluirMuito lindo Fernanda, esta declaração, estas lembranças cheias de saudades.
ResponderExcluirEu sempre canto minha vó nas coisas que escrevo, havia uma ligação muito forte.
Perdi, senti e hoje com carinho sorrio da saudade, pois sei que ela esta feliz.
Não sabia que estava de volta.
Estou aqui procurando ver onde voltou,rsrs