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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

03 janeiro, 2016

Ouça



Amor da minha vida obrigada!
Por iluminar meu caminho,
Você pode ver como tudo está sendo diferente sem você aqui.
Acho que a gente cresce sempre um pouquinho cada dia em cada obstáculo pulado.
Não, não quero angustiar seu coração, com esta teimosa lágrima.
Sabe, NÓS vamos SER sempre.
Então lhe digo vamos conseguir.

Perceba como tudo está se encaixando de alguma forma.
Sempre acreditei que o caminho precisa ser trilhado com fé, e ela sem amor não existiria.
Não importa se alguns não acreditam que isto sim é possível, NÓS iremos conseguir.
Olho para cada flor na varanda, elas são a prova de que semeando brotam.
Eu conheço esse brilho junto às estrelas, conheço teu olhar em qualquer lugar.
A chuva veio fininha e eu senti seu toque junto dela.
Você nunca estará longe de mim.

Olho parte de ti em tudo que me ronda, e espero a lua chegar, ou a chuva cair, o sol brilhar.
É uma forma de te sentir novamente.
Um príncipe e uma plebeia era o que era.
Sinto receios ainda, tudo está muito recente.
O tempo deu uma rasteira na minha alegria, mas consegui mostrar minha coragem.
É profundo o que sinto, é eterno.

O tempo? É só um remendo no meu coração.
Perdi uma grande parte de mim, e fiquei com outra que está se fortalecendo na saudade e se tornando inteira outra vez.
Esqueci de sorrir em uns meses atrás e percebi que as flores do jardim perdiam suas pétalas.
Não se pode ser fraca quando se tem uma equipe bonita a treinar.
Mas ainda estou assustada amor.
Meus olhos marejam vez em quando você entende? Te procuro na porta de entrada e nos lugares que íamos, mas encontro no sopro da brisa, num brilho de estrelas, no meu coração apertado e nas lágrimas em meus olhos.

Deixa é assim mesmo, estou renascendo das cinzas.
Estou remendando lembranças e curando o buraco no peito.
Não se entristeça com minha tristeza, isto é mesmo preciso algumas vezes, preciso chorar.
Há um nó, um entalo na minha garganta.
Estamos longe...
Eu preciso ser forte.
Tão distantes...
O dia ficou triste e cinzento.

Eu fiquei lutando com a fraqueza e a coragem.
Não posso dizer adeus, não posso, não posso...

___________
Fernanda

Um comentário:

  1. Agradeço a sua visita ao meu blog.
    Lindo tudo aqui. Gostei muito dos seus escritos e este me tocou profundamente.
    Que tudo esteja bem com você.

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)