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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

29 fevereiro, 2016

Código

Olho a paisagem O sol modificando tons. Semblantes cansados, todavia, Um mundo de dúvidas... Seu brilho triunfantemente se direciona, Persisto observando e aprendendo. Destino... parece caminhar em multidões E a força da estrada construindo uma nova era. Legisla tempo, desdobra culminâncias. Mandíbulas alforriadas, Corações esperançosos. A vestimenta da fé, soerguimento pleno De quem é sábio e ama. Exorto-te Céu, Sol, natureza Que enriquece e vivifica. Enche de vida voluntariamente Até os que em cega persistência, Não percebem que teu sustento é um código decifrável. Colmeia divina, que passa todos os dias Sem percepção. Olho a paisagem, Rostos, Asfixiada cega humanidade, Entre a idolatria dos bárbaros. Enquanto a ganância for maior e a ignorância desfalecida por aprendizado Heroicamente, alguns olhares perceberão O que consagram em rico apurar sem olvidar. Abnegados, Conscientes, Certos porém que não poderemos querer o brilho Sem saber polir para tê-lo. ____________- Maria Fernanda. Imagem: Minha

2 comentários:

  1. Tudo se escreve em cada pingo de tempo, em cada orvalho de Amor. Mas nem todos têm a percepção de saber ler o que se esconde por detrás das sombras que nos dificultam a leitura do que nos cerca.
    Rostos sem vida, tristezas acumuladas, garras afiadas a espera da presa, inocentes passeando a dor como quem passeia seu destino. Mas é urgente sim?, minha princesa ver mais sol , absorver seu brilho e entao deixar embriagar nos com toda a sua luz.
    A tua poesia , além de um hino ao céu é a tua eterna reflexão na exortação do Amor, da alegria que esse mesmo amor te preenche e conquista
    Um poema belo , meu anjo !
    EAT !

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  2. Para ler, voltar a ler. Reflectir.Tentar alcançar as palavras que nos caem e que ao mesmo tempo escorregam querendo fugir delas próprias. Ou de nós?
    Daí, o CÓDIGO, nem sempre atingível...
    Um grande beijinho, minha princesa! :)

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)