Um toque, um perfume...
Um plano perfeito...
Estava tudo dentro, feito com fio de sentimento
Flores vestidas de céu, eu só queria cantar uma canção suave e ninar meu coração. Respiro flores, emano o passar do tempo.
Eles dizem que não é o bastante, e eu lhes digo que espero pelas estações.
...
Deixe serenar primeiro o que experimento, preciso viver nossa história até parar de doer.
Não vou escrever mentiras e falar que está tudo bem, que estou feliz, que já passou.... Sei muito bem que a vida continua.
Sei bem que irá doer menos do que já dói.
Por dentro ainda há labirintos,
Lugares que ainda não sarei.
Muitas vezes hospedamos a dor sem querer e ela vai ficando íntima.
De que planeta eu sou?
Daquele que o AMOR criou.
Ele me diz que há de ser o que está sendo, mas irá passar.
Que a ternura fique firme, a proteção está em cada canto.
Na alegria e na dor, no riso e na lágrima, no medo e coragem, na fé porque podemos aprender a ver alegria nas quedas, distinguir o que é terra e mar.
Há um reflexo em meus olhos, ele molda figuras e sonhos.
Há um jardim na minha alma, e nele há um guardião.
Há o livre arbítrio sendo testado, há uma menina por detrás da mulher.
E percebo que por maior que eu possa parecer estou crescendo ainda.
Há flores e chuva,
Há pingos de luz e cores.
Não posso mais repartir cada dor,
Não posso mais me dividir assim.
Talvez se eu apenas olhasse o céu, ou moldasse as flores, conseguisse dizer ao meu coração, bata da maneira certa, me ajude a saber te ajudar.
_____________
Maria Fernanda
Imagem: Minha
Não vou escrever mentiras e falar que está tudo bem, que estou feliz, que já passou.... Sei muito bem que a vida continua.
Sei bem que irá doer menos do que já dói.
Por dentro ainda há labirintos,
Lugares que ainda não sarei.
Muitas vezes hospedamos a dor sem querer e ela vai ficando íntima.
De que planeta eu sou?
Daquele que o AMOR criou.
Ele me diz que há de ser o que está sendo, mas irá passar.
Que a ternura fique firme, a proteção está em cada canto.
Na alegria e na dor, no riso e na lágrima, no medo e coragem, na fé porque podemos aprender a ver alegria nas quedas, distinguir o que é terra e mar.
Há um reflexo em meus olhos, ele molda figuras e sonhos.
Há um jardim na minha alma, e nele há um guardião.
Há o livre arbítrio sendo testado, há uma menina por detrás da mulher.
E percebo que por maior que eu possa parecer estou crescendo ainda.
Há flores e chuva,
Há pingos de luz e cores.
Não posso mais repartir cada dor,
Não posso mais me dividir assim.
Talvez se eu apenas olhasse o céu, ou moldasse as flores, conseguisse dizer ao meu coração, bata da maneira certa, me ajude a saber te ajudar.
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Maria Fernanda
Imagem: Minha
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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)