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Eu amo escrever.
Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página.
Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns.
Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora.
Obrigada por estar aqui.
Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também
07 agosto, 2016
Tenho amado as flores...
Um dia,
brilhou aqui...
Há ainda flores na varanda,
Há ainda minha mão tocando uma lembrança.
Amor,...
Escuta essa sintonia,
As batidas do meu coração têm um só ritmo.
Me diga como está o paraíso?
Olho o céu e é fácil pensar no teu riso, não é uma visão, mas saudade.
As flores cercam o elo que nos unia.
Lembra que você era a minha força?
Eu disse que suportaria por você.
Você me disse um dia que te ensinei ter esperança.
Agora me ensine você a encontrar a sua.
Olho nosso jardim e uma alegria qualquer me diz: “você tem muita fé. ”
Sou eu aqui amor, debaixo dessa noite, fitando as estrelas.
Te chamo e sei que já não podes abrir a porta e me abraçar.
Quando a noite chega eu me sinto só.
Não tenho o teu abraço e nem onde recostar minha cabeça quando quero te contar meu dia.
Tudo tem sido assim desde aquele dia.
Meu coração arrumou uma saída para a dor, ele aprendeu a continuar te pertencer. Até o dia em que sejamos outra vez nós dois.
Pode ser uma promessa...
O amor e as flores...
Eu tenho amado as flores!
Tenho amado você o tempo todo.
__________
Maria Fernanda
Imagem: Minha
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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)