Aprendi
que não precisamos cobiçar felicidade,
Precisamos percebê-la.
Você acha que é muito mais que isso?
Talvez o que devamos fazer seja
aprender a olhar o outro por dentro.
Porque o outro sempre carrega uma dor.
Qual o sinônimo de felicidade? Um deles é beleza.
O que pode ser mais belo que ser bom?
Dúvidas? Eu explico.
A bondade já traz consigo felicidade.
Existe algo mais precioso que afeição?
Continuo...
Observe o choro do planeta,
Ele é um vale de lágrimas.
Em cada esquina de todos os recantos do orbe
alguém precisa de um abraço,
sentir-se amado, ou acolhido.
Muitas vezes nem nos damos conta
Que lá no meio dos carros,
no sinal, existe um ser humano,
uma criança por detrás da estupidez
de pais alheios, insensatos,
da escolha muito errada.
Muitas vezes a opção dessas crianças
veio antes delas aprenderem a escolher.
Pela ausência de alguém
que já sabia o que é uma escolha.
Talvez seja uma anedota
Ver esse caos em volta de nós.
Sim, porque se fosse algo sério,
Não existiria corrupção para todos os desejos
de quem deixou isso acontecer.
Sem perceber que nós estamos sim,
sendo uma piada cada dia.
Por isso penso que
a felicidade é saber ser
pai e mãe, irmão e amigo.
Já dizia o grande mestre: “amai-vos uns aos outros”.
Não busco felicidade,
busco ser bondade.
Daí tudo se junta e
uma caminha na outra.
Isso é ser feliz de verdade.
Plantando sorrisos em bocas trancadas,
semeando amor em corações cansados.
Fazendo valer a preciosa vida
que Deus nos deu.
Isso é felicidade
Maria Fernanda
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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)