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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

12 fevereiro, 2017

Corais


Vês como me encontras mar?
De alma contra o cais.
O oceano que em mim reside
escancarado como temporais
nas ondas dos meus cabelos,
que o emaranhado deixou
em cada toque presente
as tuas ondas beijou.
Fiquei feliz com o reencontro,
um encontro de iguais.
Eu menina plebeia de rua
e tu senhor dos corais.


Maria Fernanda
Imagem: Férias
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26 comentários:

  1. Olá Fê,

    Já ia saindo daqui quando vi esta postagem entrar. Mais uma linda poesia, com a sensibilidade que lhe é peculiar.Há (re)encontros escritos pela lei do amor e da afinidade.

    Beijão.

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    1. Há sim!
      Você é uma querida Verinha.
      Obrigada moça!

      Beijinho✿

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  2. Lindo mar e reencontro por lá! Bela foto! Ótima e linda semana! bjs, chica

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    1. Obrigada querida Chica pelas vibrações de paz que emanas aqui.
      Linda semana para todos nós.

      Beijinho✿

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  3. O mar, sempre tão belo, a ser cúmplice da nossa alma...
    Um belo poema!
    Uma boa semana.
    Beijos.

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  4. Linda poesia tendo o mar como elememto importante de um reencontro.
    Tenha uma bela semana.

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  5. Amar o mar é arrebatador e não importa se é plebeu ou rei.

    Um beijinho grato por este momento de poesia

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    1. Não querida nunca importa...
      Onde existe amor
      a importância é sem importância.

      Um beijinho e grata por sua chegada.✿

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  6. Cara Fernanda, estás a nos agraciar com mais um belo poema.
    Um abraço daqui do sul. Tenhas uma linda semana.

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    1. Caro Dilmar,
      Imensamente alegria fica esta sua amiga aqui, que bom que gostou poeta.

      Um abraço daqui do DF.
      Que a sua seja mais linda ainda.✿

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  7. Linda inspiração moça!
    Uma ótima semana para ti.
    abração com carinho

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    1. Obrigada Kunti,
      é um carinho de Deus nos meus ouvidos :-)
      Outro amiga✿

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  8. Muito bonito o que escreveste! O oceano a mim acalma-me, gosto de olhar para o mar e pensar na vida. :) Beijinhos
    --
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  9. Gostei da fotografia e do poema e fiquei a desejar que venham as férias :)

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    1. Risos...
      Sabe moça linda
      eu que cheguei mês passado delas, já queria voltar rsrrssr.


      Beijinhos✿

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  10. Que lindo! O encontro da bela e do mar, e que belo poema resultou!
    Beijo!

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  11. Nao existe senhor nem plebeia. Existe um embalar na união. Da dor até à doce saudade suportável.

    Abraço grande

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    1. Argos
      Meu amigo tão querido que falta fazes. Sim Argos dissestes bem.

      Saudades tuas amigo

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  12. O Mar, eterna inspiração dos poetas.
    um poema belo e sensível como você
    boa semana.
    beijinhos
    :)

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  13. Quando sabemos a origem das tuas palavras, a letras ganham mais tons!

    Beijão

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)