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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

15 dezembro, 2017

Há um azul



Há um azul por entre a neblina,
um nuance de tinta e magia.
O Céu nublou, o Sol não brilhou e a tarde pediu colo
para quem dele necessitava.
Os brilhos das estrelas não ficaram presentes,
e a ave voou trazendo em seu bico
um resquício do inverno.
No horizonte uma saudade, mas também uma esperança.
Então tudo é possível como o Céu é azul.
O sopro da brisa me diz que o eterno
não é só uma marca num mapa,
e isso eu já sabia...


Texto e imagem:
M. Fernanda

12 comentários:

  1. É, querida amiga, sempre há um céu azul ao fundo, nos dizendo que nem tudo está perdido, é só confiar mais um pouquinho...
    Um beijo, querida Fernanda.

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    1. Verdade mesmo Taís, e essa confiança precisa ser tão portas abertas quanto a fé.
      Beijão linda!

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  2. Oi querida,
    No Céu Deus está segurando as nossas quedas.
    Beijos
    Lua Singular

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    1. Olá Lua,
      Ele é tão maravilhoso que nos segura para não cair querida rsrs

      Beijinho.

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  3. Oi, Fê!

    Ah, que lindo! Quanta poesia, quanta esperança a tocar(me)!

    Beijos! =)

    OBS: Um brinde com suco de uva à saudade que senti!

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    1. Oi menina linda e querida!
      Tim-Tim! Risos...

      Obrigada Nad
      Beijinho

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  4. Gostei bastante deste belo texto que está muito bem ilustrado, parabéns Fernanda, gostei bastante.
    Um bom Domingo.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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  5. Gostei desse azul por entre a neblina.O gostei desse bico de ave trazendo inverno, MAS só porque gostas de chuva! Ah, Pois! Porque esse bico de bem-te-vi trará gotas de azul e muitas, muitas flores para ti. E Lá, onde Ele tudo vê, ficar feliz com as escolhas que fizeres sejam nuvens, algodão doce, lua, malmequeres.
    Mas eu, escolho dar-te o meu beijo maternal, filha!

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  6. Ah meu amor, tu és tão poesia que eu usaria o bico da ave para cantar para ti.As escolhas são tão necessárias não é? Carecemos delas para seguir o curso de nossas vidas.
    Talvez margaridas enternceria por certo rsrsrs.
    E eu te daria outro com carinho, amor e respeito.
    EAT.

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)