Aguarde os próximos capítulos...

Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

20 junho, 2025

Dois amores e uma estrela”

Aleatoriamente um toque de poesia


Tenho dois amores.
E não é exagero, nem confissão de novela. É só vida. Vida com suas curvas inesperadas e sua mania de surpreender a gente quando tudo parecia já escrito.

O primeiro amor me ensinou o que é amar com a coragem da adolescência: aquela que não tem medo do pra sempre. Com ele, aprendi que o amor, quando nasce de verdade, pinta as emoções com tons que a gente nem sabia que existiam.

Com ele, tudo foi começo:
Começo de amar,
de construir,
de acreditar.

Adotamos sonhos, geramos afetos, inventamos nossa própria casa dentro um do outro.
Felipe foi minha primeira estrela dessas que brilham lá no alto, mas que também aquecem aqui embaixo.
Foi com ele que o amor virou verbo e cotidiano.
Foi com ele que a felicidade teve nome, riso e cheiro.

Obrigada, Lipe, por me ensinar que o amor sobrevive sim, mesmo depois do silêncio, mesmo depois da saudade. Você me mostrou que amor bonito é aquele que não acaba só muda de forma e continua acendendo a noite da gente.

E então veio André.

André não chegou invadindo.
Ele chegou tentando.
Com um sorriso paciente e aquele jeito de quem sabe que não
se planta flor em solo recém-queimado.
Ele esperou. Esperou o tempo do meu tempo.
Esperou eu voltar pra mim.

Porque, pra quem já teve que se dar pontos finais desde pequenina, 
recomeçar é um ato de resistência.
E eu resistia.

Mas ele insistia.
Insistia em me trazer um café quando eu mal tinha pedido.
Insistia em me fazer rir no meio das lembranças.
Insistia em me olhar como quem vê não só o agora, mas o que pode vir depois.

E um dia, quase sem perceber, eu sorri diferente.
Brinquei com a ideia de amar de novo.
Corei quando ele disse meu nome com aquele tom de canção.
Senti a emoção invadindo os cantos da alma que eu achava adormecidos.

A saudade de um amor nunca vai embora.
Mas ela aprende a dividir espaço com a brisa leve de um novo começo.

Agora eu sei:
O coração não trai quando ama de novo ele expande.
Porque quem tem dois amores, tem também duas formas de existir com mais verdade no mundo.
E isso, no fim, é só mais um jeito bonito de ser inteira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tenho olhado o tempo...
Quando estou tomando um café, ou na varanda.
Quando estou mergulhada nos livros, ou no trabalho.
Ele me diz: Paciência Fernanda.
Sim tempo, eu tenho paciência...

Fernanda Marinho
Ah posso pedir para me conhecer melhor?
Então vem aqui ó!

https://linguagem-miuda.blogspot.com.br/