Aguarde os próximos capítulos...

Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

19 junho, 2025

Os tons da minha saudade

Aleatoriamente um toque de poesia



A madrugada sempre teve esse poder de me desnudar sem pressa.
É quando o mundo silencia que os meus passos sem sentidos ecoam mais alto vão e voltam pela casa como se estivessem buscando algo que eu mesma escondi.

Hoje, por exemplo, a brisa entrou pela janela com um cheiro antigo,
um toque leve que me trouxe você.
Você e nós dois, naquela versão que só mora na memória.

Tentei não pensar.
Mas minha saudade é artista: pega o pincel do tempo e começa a pintar.
Cada lembrança tem nuances que eu não sei mais apagar.

Você dizendo meu nome baixinho,
a curva do seu sorriso quando queria disfarçar o cansaço,
o som do riso, dos silêncios, dos dias que pareciam ter sido inventados só pra nós.

É curioso como o tempo brinca com os tons das coisas.
O que era claro vira sombra,
o que era dor vira moldura.
E mesmo aquilo que machucou,
vira tela e fica bonito de longe.

Agora, sentada aqui no escuro,
descubro que os passos sem sentidos
eram só minha saudade
procurando onde você foi parar dentro de mim.

E talvez nunca tenha saído.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tenho olhado o tempo...
Quando estou tomando um café, ou na varanda.
Quando estou mergulhada nos livros, ou no trabalho.
Ele me diz: Paciência Fernanda.
Sim tempo, eu tenho paciência...

Fernanda Marinho
Ah posso pedir para me conhecer melhor?
Então vem aqui ó!

https://linguagem-miuda.blogspot.com.br/