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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

16 junho, 2025

Segurando o sol feito poesia

Aleatoriamente um toque de poesia



Há momentos em que o céu nos fala sem palavras apenas silêncios que brilham. Nesta imagem, uma nuvem ergue-se como uma mão celestial, segurando o sol entre os dedos de luz, como se Deus, em Sua ternura, decidisse descansar o dia na palma de Sua criação. A luz escapa por entre as bordas como versos que não cabem no papel.

Cada raio é uma sílaba dourada, cada sombra, uma pausa para respirar. O firmamento inteiro se curva em reverência, e até os fios de energia que cruzam o céu parecem traços de um poema escrito à mão por um Autor que não erra.

O mundo cá embaixo corre, distraído. Mas lá em cima, há um sagrado repouso: um instante onde o tempo se curva e se ajoelha. A natureza parece dizer que o dia ainda pulsa, ainda espera, ainda ama. É o sol, mas também é o Espírito tocando o mundo com uma delicadeza que só se vê com olhos da alma.
E assim, entre luz e sombra, céu e terra, somos lembrados: há mãos invisíveis segurando o que parece que vai cair, acolhendo o que está prestes a sumir.


“O Senhor te guardará de todo mal; Ele guardará a tua alma.O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.”
Salmo 121:7-8

Que assim seja!

7 comentários:

  1. Que beleza de texto! Senti a luz do sol nas entrelinhas, como se cada palavra aquecesse um bocadinho a alma. A poesia que crias não precisa de rima para ser sentida — ela toca, envolve, e permanece. Obrigada por este instante tão luminoso.

    Com carinho,
    Daniela Silva
    💜 https://alma-leveblog.blogspot.com
    Convido-te a visitar o meu blog, onde partilho palavras com alma.
    ✿¸.•°”˜˜”°•.✿

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  2. Como bem sabes, adoro olhar para o céu e sempore vemos algo lindo nele,sejam nuvens apressadinhas, seja a luz e a paz! Lindo teu texrto! beijos, tuuuuuuuuuudo de bom,chica

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  3. Bom dia, querida amiga Fernanda!
    Faço eco com você:

    "Entre luz e sombra, céu e terra, somos lembrados: há mãos invisíveis segurando o que parece que vai cair, acolhendo o que está prestes a sumir."

    No meio de boticiax catastróficas, bombas e mísseis... O mundo sob ameaças terríveis, vamos confiar no Autor Silwncuoso da Criação.
    Eu confio...
    Tenha um dia de céu azul, ou de chuvinha fina, como eu aqui, mas com fé inabalável no coração.
    Beijinhos fraternos de gratidão de Paz e Bem

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Desculpe-me, Nanda, estava repetido este comentário. Deveria estar e estar em outra postagem tua. Não fazia diferença estar repetido, por compulsão apaguei.
    Obrigado, já estou perdoado. Ouvi dizer-me bem baixinho.
    Um abraço,

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    Respostas
    1. Eros, querido, comentário repetido é só prova de carinho em dobro ou de que a emoção mandou no dedo! 😊 Mas tudo certo, a casa é tua: pode comentar, apagar, repetir, tudo por compulsão poética. E sim… você já estava perdoado no segundo em que se desculpou baixinho
      (adoro quem sabe pedir desculpa como quem sussurra uma canção).

      Um abraço! 🤗

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)