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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

30 julho, 2025

Entre risos, "somos sete" Será? Hahaha

Aleatoriamente um toque de poesia



Tenho amigos que, quando nos juntamos, formamos algo entre uma “baguncinha” organizada e um desenho animado. Somos sete? Me diga você!
E não demorou muito para que eu fizesse  a piada inevitável: “parecemos os sete anões”. E pronto, a partir dali, ficou impossível não  criar esse texto e ver a vida com um toque de contos de fadas versão moderna, é claro, com , memes e crises existenciais.

Cada um de nós tem seu jeitinho. Tem o ranzinza filosófico que questiona tudo, o alegre que ri até do que não entende, o sonolento que chega atrasado e de pijama emocional, o tímido que só desabrocha quando está entre os nossos, o nervoso que vive dizendo “não aguento mais”, o sábio que todo mundo "liga" na hora do aperto, e o distraído que esquece o que foi comprar no mercado… sendo que foi só até a sala.

Sete jeitos, sete ritmos, sete corações que se escolhem mesmo quando discordam, mesmo quando se afastam um pouco pra respirar. Porque amizade de verdade é isso: não exige perfeição, mas presença. E temos estado uns nos outros há anos.

Mas então alguém soltou:
E a Branca de Neve, quem é?
Silêncio.
Olhares.
Risos.

E a verdade é que a tal Branca de Neve ainda é um mistério.

Talvez seja aquela parte em nós que ainda precisa ser despertada. Talvez sejamos todos, de alguma forma, essa personagem adormecida  esperando um gesto de amor verdadeiro, ou um reencontro consigo mesmo, para abrir os olhos.

Ou talvez seja só uma desculpa pra continuar rindo juntos, procurando no mundo encantado um reflexo daquilo que a vida real tantas vezes nos nega: o abrigo do pertencimento.

No fim, não importa tanto quem somos no roteiro.

O que importa é que, com esses amigos, a história continua. Sem bruxa, sem maçã envenenada, mas com muito afeto, "confusão" e ternura. E que sorte a minha fazer parte dessa fábula real chamada amizade.





Fernanda

14 comentários:

  1. Que lindo uma turminha de sete amigos assim. Não precisam mesmo tentar descobrir os personagens. Viver a amizade esperando não apreçam bruxas,rs... beijos, chica

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    1. Chica, você disse tudo!
      O mais bonito é isso: a amizade vivida sem pressa, sem rótulos e sem medo de bruxas no caminho, rs… Que bom quando a vida junta gente assim, né? 😊
      Beijo grande!

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  2. Boa noite de paz, querida amiga Fernanda!
    Amo quem bloga por prazer, como você, faz toda diferença. Sente-se no ar, em cada linha do texto,
    Li um livro de Anselm Grun, aliás, inúmeros dele, mas o que nunca me esqueci e postei já, mais de uma vez, a historia da Bela Adormecida, foi o intitulado Estabelecer/ Respeitar Limites.
    Como somos um pouco de tudo pois já dizia o poeta que de louco todos temos um pouco, vou lhe confessar que além do que expôs dos sete anões que somos, também me vejo com a Bela Adormecida, a Branca de Neve, a Rapunzel, a Cinderela.
    Das princesas modernas, eu não sei muito, assim que não me identifiquei com nenhuma, apesar que já fiz uma festinha aqui para a netinha de Sereia Ariel.
    Brincando, você diz muita coisa séria.
    Quem não é flexível, não pode blogar com ânimo e generosidade, porque só aceitaria o que lhe conviesse.
    Animadamente, vamos nos alegrando e ao coração enquanto ainda podemos. Vale a pena!
    Uma coisa é certa, você não pode ser anãzinha, com sua altura, kkk...
    Posso escolher ser a Dengosa de metro e meio?
    Tenha um anoitecer abençoado!
    Beijinhos fraternos

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    1. Roselia querida, que comentário mais gostoso de ler! Você mistura leveza com sabedoria de um jeito tão bonito… Fico feliz que tenha lembrado de Anselm Grün esse livro dos limites é mesmo inesquecível. E olha, adorei esse desfile de princesas que habitam em você! Acho que todas nós carregamos um pedacinho delas, né? E se você for a Dengosa de metro e meio, já me vejo como a Soneca com um bloquinho na mão, pronta pra sonhar acordada e escrever sobre isso, rs…
      Blogar com prazer e afeto é mesmo o que nos une por aqui. Obrigada pelo carinho sempre!
      Beijinhos cheios de gratidão

      😘🙏🏻

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  3. Que delícia de leitura! Entre risos e mistérios, criaste um ritmo leve e divertido que deixa vontade de continuar. Adorei!

    Com amor,
    Daniela Silva 🩷🦋
    alma-leveblog.blogspot.com — espero pela tua visita no blog

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    1. Daniela,
      Saber que consegui arrancar risos e manter o mistério no ar me deixa feliz.
      Tua leitura atenta e generosa é um presente muito obrigada!
      Que venham muitas trocas bonitas por aqui.

      🙏🏻

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  4. A fábula dos 7 anões era uma das minhas preferidas na minha infância (que não faz muitos dias 😊). Mas agora vendo a vida com os olhos da maturidade, enxergo todos eles em mim, uns mais... outros menos... hora sim... hora não... e assim percebi que sou um pouco de cada um deles. E que tá tudo certo. Ninguém é só uma coisa. A gente muda, sente, reage... e isso nos torna reais.
    Talvez seja esse o segredo: aprender a lidar com cada um de nossos anõezinhos pessoais, sem vergonha, sem cobrança. E nunca esquecer de que ser humano é isso: ser muitos em um só.

    E você, minha dengosa preferida, tem uma característica que nenhum dos anões tem: possui o talento maravilhoso de bordar a vida com palavras, e nos encantar com belezas que ensinam, que agradecem, que louvam...
    Te amo muito!

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    1. Pai,
      Você entendeu tudo e ainda conseguiu colocar em palavras esse nosso desafio tão humano de conviver com os próprios anõezinhos interiores
      (que às vezes fazem bagunça, mas também nos ajudam a crescer).
      É isso mesmo: somos muitos em um só, e ainda bem! Porque cada emoção que passa por nós também nos torna mais inteiros, mais reais, mais vivos.
      E você… você tem o raro dom de me fazer rir e chorar com uma frase só.
      Obrigada por me ver com esse olhar tão generoso talvez só um anãozinho chamado Amor consiga enxergar assim. 🥰
      Te amo imenso!
      Da tua Dengosa oficial
      (com licença poética pra também ser Soneca, Feliz, e às vezes até Zangado, rs).

      Com amor,
      😘🙏🏻

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  5. Bom dia Fernanda,
    Um texto muito belo em que realça os valores da amizade verdadeira, que unem pessoas com formas diferentes de ser.
    Aí está o encanto da verdadeira amizade, respeitar cada outro como é.
    A Bela adormecida, todos nós temos um pouco dela, não?
    O que importa é essa amizade que continua firme e bonita.
    Beijinhos e um lindo dia.
    Emília

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    1. Bom dia, querida Emília!

      Você sempre lê com o coração aberto e capta o essencial com tanta delicadeza. 🙏🏻
      Sim, a amizade verdadeira é esse lugar onde a gente pode ser quem é, sem precisar acordar a Bela Adormecida o tempo todo… às vezes basta só estar presente, de alma leve, que o vínculo floresce.
      Obrigada por caminhar comigo nessas palavras e sentimentos. Beijinhos carinhosos e que seu dia seja feito de encontros bons, mesmo que silenciosos.

      😘🙏🏻

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  6. Se não tiver confusão, discussão, ficar de mal, reconciliação, abraços, mão estendida, confissões, compartilhamento, pode ser até amigo, mas não amigo de verdade.

    Mas essa dos sete anões foi boa, muito boa.

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    1. Eduardo, você resumiu com perfeição o manual da amizade verdadeira: tem que ter drama, reconciliação, abraço apertado e aquela memória vergonhosa que só o outro sabe e guarda como chantagem afetiva! 😂
      E os sete anões… ah, esses sempre aparecem nas entrelinhas da vida. Às vezes a gente é o Zangado, outras o Dunga, e no fim das contas, se tem amigo que fica, já vale o conto inteiro. Obrigada pelo riso e pela companhia nas entrelinhas!

      😘🙏🏻

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  7. Menina, eu li a postagem e achei muito bacana.
    Depois li alguns comentários e achei linda e generosa!
    Kkkkkkkkkk.

    Mas falando sério, eu acho muito bacana quem tem vários amigos que pode chamar de amigos, assim como você tem.
    Eu confesso que tenho pouco. 3 no máximo, que posso chamar de amigos verdadeiros.
    Os outros são amigos mais superficiais, que a gente conversa, dá risada, as vezes até sai junto em algum barzinho ou coisa assim. Mas não é amizade pra contar de tudo e confiar.

    Mas eu admiro quem tem.
    E acho legal o seu jeito carinhoso de tratar as pessoas. Aqui no blog vejo que você é bem politica, educada e gente boa.
    Deve ser assim também ao vivo!
    Parabéns Fernanda!

    Um abração, minha amiga blogosférica!

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    1. André, você é uma figura! 😂
      Primeiro me fez rir com essa de “li os comentários e achei linda e generosa” quase um diagnóstico de personalidade via comentários! Kkkk
      Mas falando sério também: três amigos de verdade já é um tesouro! O resto é paisagem boa de apreciar, de rir, de dividir um petisco no barzinho, mas não de entregar a alma. E tudo bem assim. O bonito é reconhecer e valorizar os que estão mesmo com a gente no osso e no riso.
      Obrigada pelo carinho! E sim, sou assim ao vivo também: política, educada, brincalhona com quem gosto, gosto de risos fartos, mas de vez em quando, só de vez em quando, sou o "dengoso" da turma … 😄 Um abração apertado da sua amiga blogosférica,

      😘🙏🏻

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)