Caminho

Aleatoriamente um toque de poesia

Hoje, enquanto fazia minha mala para retornar para casa, fui lembrando do proveito de tudo que vivi aqui. Pensei nos amigos que fiz, nas diferenças que cada um trouxe para minha experiência, nas conversas que ficaram gravadas na memória, nos sorrisos que permaneceram mesmo nos dias mais cansativos. Cada objeto que eu colocava na mala parecia carregar também um pedacinho da minha trajetória, um reflexo do que aprendi e do quanto fui grata.

Enquanto dobrava roupas e encaixava lembranças, pensava na minha vida, em como foi gratificante poder estar aqui. Senti, de forma intensa, que tenho para onde voltar, que existem braços esperando por mim, que minha família é deliciosa, acolhedora e cheia de amor. Sabe aquele sentimento bom, quente, que faz o coração sorrir? Era isso que eu sentia.

Muitos dos que conheci aqui já têm filhos adultos, e quando podiam, compartilhavam um pouco de suas histórias, suas escolhas, suas memórias. E eu percebi, nesse silêncio que acompanhava minhas reflexões, o quanto tenho a agradecer. Pela simplicidade da vida, pela verdade que carrego, por me entregar de coração a tudo que faço, sem reservas.

A vida, de fato, ensina. Ensina a sermos melhores ou piores, a aprendermos com cada tropeço, com cada acerto. Não sei exatamente de quem herdei meu caráter, mas sou imensamente grata por ser quem sou: uma boa colega, sincera, amiga, companheira. Alguém que tenta, todos os dias, viver de acordo com seu coração, respeitando a si mesma e aos outros.

E agora, enquanto fecho minha mala e me preparo para embarcar, sinto uma mistura deliciosa de saudade e alegria. Saudade de tudo que vivi aqui, alegria por voltar para aqueles que me amam, por reencontrar sorrisos que aquecem e abraços que acalmam. Porque, no fim das contas, é isso que a vida ensina: que não há lugar mais precioso do que onde somos amados, e não há tesouro maior do que poder voltar para casa com o coração cheio.

Outra coisa: enchi uma agenda inteira de textos. Eu amo escrever. E, como já falei aqui, meu blog é uma espécie de diário. Nele coloco o que sinto, o que penso, o que vivo. Tenho textos imensos e está tudo bem! São minhas vivências, meu espaço de expressão, meu coração posto em palavras.

Sei que muitos se sentem na obrigação de comentar, achando que precisam retribuir, mas quero falar com sinceridade: não se sinta obrigado, a não ser que queira. Quando respondo aos comentários, não é por obrigação; é uma forma de sentir vocês por perto, como se estivéssemos sentados à mesma mesa, com uma xícara de café ou de chá, conversando e compartilhando momentos.

Escrever para mim é um abraço em forma de palavra. É transformar o que está dentro de mim em algo que possa tocar outros corações, mesmo que silenciosamente. E ler vocês, sentir o retorno de quem se permite mergulhar junto, é como perceber que, apesar da distância, estamos conectados em sentimentos e experiências.

No meu blog, cada texto é um pedaço de mim, um fragmento da vida que escolhi compartilhar. Não busco aprovação, nem comentários obrigatórios. Busco conexão. E se, mesmo que por alguns minutos, alguém sentir o que escrevo, já é o suficiente.

Porque escrever é mais que registrar acontecimentos; é dar sentido, é acolher, é permitir que a alma respire através das palavras. E é isso que me faz continuar, todos os dias, enchendo páginas e mais páginas, com a certeza de que escrever é amar a mim mesma, a vida e a quem se dispõe a me acompanhar nesse caminho.

Obrigada por estar aqui

Fernanda 🥰