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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

18 setembro, 2025

Presente

Aleatoriamente um toque de poesia


Olha só que presente cheio de significado! 
O livro Complexidade das coisas banais traz no título uma provocação delicada: aquilo que chamamos de “banal” quase nunca é simples. No olhar mais atento, os gestos cotidianos carregam mundos dentro de si.


A poesia, aqui, é espaço de encontro: entre o cotidiano e o extraordinário, entre a simplicidade e a sofisticação da metáfora, entre o eu e o tu que se procuram.
Mais do que apresentação, o texto já é convite: não a entrar num livro, mas a atravessar uma experiência estética que promete devolver ao banal sua complexidade e ao amor sua força primeira.



Receber este livro foi como receber um abraço que atravessa o oceano.
Já havia chegado há alguns dias, mas eu estava em curso e só agora pude abrir esse presente precioso. Quando meu pai me disse que o livro tinha chegado de Portugal, a alegria tomou conta do meu coração
Albino Santos, poeta que tanto admiro, que honra tê-lo (livro) em minhas mãos e no meu caminho. Obrigada pelo carinho, pela delicadeza e pela beleza que sua poesia carrega. 
Prometo ler cada página com calma, minuciosamente, deixando que suas palavras se entrelacem com as minhas. A poesia é o tempo que não se perde  e a sua, Albino, é um presente que ficará comigo.


A poesia de Albino Santos tem algo raro: ela não apenas se lê, ela se sente. Cada verso é como um sopro de eternidade, uma ponte entre silêncios e sentidos. Ler “O Tempo… Sempre o Tempo!” é reencontrar-me comigo mesma, com aquilo que é íntimo e humano, e que tantas vezes nos escapa no corre-corre da vida. Albino, sua generosidade em enviar-me este livro até o Brasil mostra que a poesia não conhece fronteiras. Ela é um fio invisível que une corações, mesmo quando separados por um oceano.
Obrigada, Poeta, por esse presente que é mais do que um livro: é um pedaço de alma que viajou de suas mãos às minhas.



Querido Albino,

Entre suas páginas encontrei
a magia escondida no comum,
a atenção delicada às pequenas coisas
que passam despercebidas no dia a dia.

Seu livro me faz perceber
que até o trivial pode ser profundo,
que cada gesto, cada detalhe,
guarda em si um universo de sentido.

Obrigado por esse olhar generoso,
por ensinar que a complexidade
mora na simplicidade,
e por me presentear com a poesia do cotidiano.

Com carinho e gratidão,
Fernanda













4 comentários:

  1. Esse título de fato, é ótimo, criativo e verdadeiro. Quase nunca reparamos nas complexidades das coisas ditas ou vistas como "banais".

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    1. Verdade, Eduardo!

      É incrível como muitas vezes deixamos passar despercebidas as pequenas complexidades que se escondem nas coisas mais simples do dia a dia. Quando paramos para observar com atenção, até o que parece banal revela detalhes profundos e encantadores.
      Obrigada por compartilhar esse olhar!

      🙏🏻

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  2. Feliz! É como estou ao ver a tua generosidade imensa nas palavras que escreveste sobre o meu livro. Com alguma emoção te digo... obrigado minha Amiga!

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    1. Albino querido!

      Feliz sou eu também,
      pois palavras têm o poder de tocar almas e a tua obra tocou a minha. A generosidade que você vê em mim é apenas o reflexo da luz que vem de ti,
      dos versos que escreveste, do cuidado em partilhar conosco. Obrigada por me permitir sentir, por abrir a porta do teu mundo literário,
      e por me mostrar que a emoção corre entre linhas,
      como rios que encontram o mar.

      Amiga sempre,
      😘🙏🏻

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)