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18 setembro, 2025
Viajar
2 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)
Realmente viajar é muito bom e pode nos fazer ver melhor as coisas. Como foi tua chegada? Filharada toda feliz? Coisa boa! beijos praianos, boa noite, chica
ResponderExcluirBoa noite de Paz, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluirAmo viajar, depois da pandemia, não me animo a pegar um voo mais.
Fiz duas ao RJ de carro com a filha.
Por perto, dentro do Estado onde moro atualmente, saio bastante. Tem lugares lindos.
Conhecemos pessoas novas, ampliamos a cultura...
Tem tantos benefícios.
Tenha dias abençoados e renovados!
Beijinhos fraternos
P.S. Vi um céu assim a caminho de Portugal.