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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

29 outubro, 2025

Espelhos Distorcidos

Aleatoriamente um toque de poesia

Há alguém que observa de longe, medindo cada gesto seu. Sente o brilho do seu sorriso e o peso das suas conquistas, mas nunca celebra de verdade. Cada vitória sua parece um incômodo, cada passo adiante, uma ameaça silenciosa. Sorri quando você sorri, mas é um sorriso que não aquece; comenta suas alegrias, mas o tom é sempre diferente do esperado.

Essa presença não traz apoio, apenas espelhos distorcidos. Ela tenta diminuir suas vitórias com palavras que parecem neutras, espalhar dúvidas que você nunca sentiu, e transformar sua força em questionamento. Nada do que você tem ou faz parece suficiente para esse alguém, e, no lugar da gratidão ou da amizade, há uma sombra constante, silenciosa, que se alimenta do seu brilho.

No fim, você percebe: tudo isso, essa necessidade de diminuir o outro para existir, tem um nome
e chama-se?




(Fernanda)

3 comentários:

  1. Chama-se inveja...
    Infelizmente a vemos tanto!
    Tuas palavras foram brilhantes para descrever as cenas assim! beijos praianos, chica

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  2. Boa tarde de paz, querida amiga Fernanda!
    Ai! Eu não tenho nenhuma barrinha de chocolate aqui, santo Deus! Deu água na boca... Tenho cacau, vou fazer uma cobertura para as minhas brevidades, afinal são minhas e posso inovar, rs...

    Você escreveu... eu li avidamente, com fome de coisas valiosas... reli e vim aqui lhe dizer que lhe respondo:
    "Chama-se?"...
    - Inveja descarada...
    Pelo seu texto, é o retrato original da cupidez, ciúme... e denominações várias...
    Podemos colocar também estupidez, insensatez... cobiça venenosa e tantos mais que deixo para os demais amigos.
    Até para 'escrachar' você é elegante... Maravilha! É para poucos, só inteligenfes são assim.
    Adorei todo o texto e aplaudo de pé, clap! clap! clap!
    Tenha dias abençoados!
    Com barrinhas de chocolate 100%...
    Beijinhos fraternos
    P.S.
    “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos.“
    ‭‭Provérbios‬ ‭14‬,30‬

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  3. Yo creo que hablas de gente envidiosa, que no se alegra de tus logros y alegrías, que a ellos les molesta la felicidad de los demás, porque es envidia pura la que tienen. Esas personas se las nota enseguida. No pueden disimular su malestar ante la felicidad y logros de los demás. Porque están insatisfechos con sus vidas. Y les gusta que también sea así la vida de los demás. Esa gente no merece ni mencionarlos.

    Siempre me haces reflexionar con tus letras, querida Fernanda, gracias por estar aqui, escribiendo y compartiendo.

    Que estés pasando un feliz día.

    Un beso enorme.

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)