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11 novembro, 2025
Entre risadas e ondas
19 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)

Boa noite de paz, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluirEstou adorando acordasr e dormir com seus posts...
Sabe, hoje tivemos outra tarde alegre, com o coral e até cinema após... o filme não foi do meu agrado, mas estar com as 'meninas' foi ótimo e as fotos mostram nossa alegria em estarmos juntas.
Inclusive, como sou uma das mais 'novas', elas morrem de rir comigo e meu humor de filha de nordestino, graças a Deus!
Agora, falando da sua linda foto, está show!
Vou te enviar uma legal que tiramos hoje. Mesmo não estando todas juntas ainda.
Se não rirmos de nós mesmo, pelo menos, não iremos longe. A vida já se encarrega de nos regar com lágrimas em abundãncia, precisamos secá-las com nossos risos e sorrisos.
Sanga Terezinha do Menino Jesus nos ensinou sobre infância espiritual para conservarmos a alegria mesmo na dor mais crucial.
Bom descanso na noite abençoada!
Beijinhos fraternos
Querida Roselia,
ExcluirQue delícia ler suas palavras tão cheias de vida, fé e alegria! É bonito perceber como você vive o Evangelho em gestos simples no riso compartilhado, na amizade sincera, no prazer das pequenas convivências. A forma como descreve a tarde com o coral e o cinema revela exatamente o que tantas vezes busco escrever: a espiritualidade do cotidiano, essa presença amorosa de Deus entre risadas, músicas e abraços.
Seu humor, essa leveza de “filha de nordestino”, é uma benção ele traz o calor da alma, a resistência alegre de quem sabe que rir também é um modo de orar. E você tem toda razão: se não aprendermos a rir de nós mesmos, a vida perde cor. O riso é uma forma de fé, um jeito de dizer “estou viva, apesar de tudo”.
E que lembrança preciosa a de Santa Teresinha! Ela nos ensinou justamente isso: a infância espiritual como caminho de confiança e simplicidade, mesmo diante da dor. Que possamos seguir esse exemplo encontrar o sagrado nas coisas pequenas e o amor nas entrelinhas dos dias.
Obrigada pelo carinho, pelas palavras e pela partilha generosa. Que a alegria continue te acompanhando e se espalhando, como essa luz mansa que sua mensagem carrega.
Com afeto e gratidão,🙏🏻😘
*se não rirmos de nós mesmas...
ExcluirÉ muito importante que nossa emoção sobreviva, que nossa criança esteja ativa e nos permita ser e fazer as coisas do coração. Como naquela canção: há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração...
ResponderExcluirAbraços Fernanda e seja feliz assim com esta sua criança ativada.
Querido Toninho.
ExcluirEm poucas linhas, recordas algo essencial: a importância de preservar a criança interior, essa fonte de leveza, criatividade e emoção que tantas vezes deixamos adormecer na pressa da vida adulta.
Ao citar a canção “há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração”, trazes à tona uma memória, um convite suave para que cada um reconheça dentro de si esse menino ou menina que ainda sonha, ri e se encanta.
Sempre afetuoso e inspirador o que dizes.Há sinceridade no desejo de que sejamos felizes “com esta criança ativada”, como se lembrasses que a maturidade não precisa ser sinônimo de rigidez, e que a alegria genuína nasce justamente desse coração que ainda sabe brincar.
É um lembrete delicado de que a emoção também precisa sobreviver para que a vida continue a ser poesia.
🙏🏻😘
Nandas, linfa foto e nunca podemos deixar nossa criança interior desaparecer de nós. Rir, brincar, ter momentos de folias com família, amigos é muito bom e nos reenergiza cada vez mais!
ResponderExcluirCoisa boa que até teu pai entra na onda!rs... beijos e continuem assim! chica
Querida Chica,
Excluirteu comentário é cheio de alegria e carinho, como um abraço luminoso. É uma verdade necessária: rir, brincar e cultivar momentos leves é o que nos devolve vitalidade em meio às responsabilidades da vida adulta. A lembrança de que até o pai entra na brincadeira dá ao texto um toque afetuoso e familiar, mostrando que a alegria compartilhada cria laços e memória.
🙏🏻😘
Oi, Fernanda! Em geral, ao nos tornarmos adultos, revestimo-nos de uma carapaça sólida e protetora, uma armadura formada como defesa diante da vida adulta, que se revela como uma selva complexa e competitiva, repleta de desafios e perigos. No entanto, é algo encantador quando, no meio dessa jornada adulta, conseguimos manter viva a criança interior — aquela parte espontânea, curiosa e cheia de vida dentro de nós. Aproveite esta criança que permanece em ti, especialmente junto à tua família, pois ela é um dos maiores tesouros da existência humana. Preservar esse lado é, talvez, a mais bela experiência da vida, pois nos permite enxergar o mundo com frescor e ternura, mesmo em meio à dureza do cotidiano. Abraço!
ResponderExcluirLuciano,
Excluirteu comentário é de uma sensibilidade profunda e olhar amadurecido. Consegues traduzir, com serenidade e ternura, o contraste entre a rigidez que a vida adulta impõe e a delicadeza que sobrevive quando preservamos nossa criança interior. A metáfora da “carapaça protetora” é muito feliz mostra como crescemos armados, mas ainda assim necessitamos manter vivo o que é leve, espontâneo e curioso em nós.
Há beleza na forma como incentivas a convivência dessa criança com a vida em família, como se dissesses que ela não deve ser escondida, mas partilhada e eu concordo! Porque é justamente ela que traz cor, graça e humanidade aos nossos dias.
Teu texto tem a sabedoria dos que já compreenderam que crescer não significa endurecer. É um convite suave a lembrar que o frescor da alma é o verdadeiro sinal de maturidade.
🙏🏻🤗
Olá Fernanda. Que texto tão bonito.
ResponderExcluirTambém partilho esta forma de viver. Também continuo a carregar comigo aquela criança feliz com tão pouco. Concordo plenamente com o final do seu texto "crescer não é abandonar a infância, mas carregá-la junto, no colo, no coração." Se o fizermos vamos com certeza sorrir muito mais.
Um abraço.
https://rabiscosdestorias.blogspot.com/
Querido Correia,
ExcluirAgradeço pelo comentário doce e reflexivo, uma continuação natural do sentimento expresso no texto. Há uma identificação genuína essa cumplicidade entre quem escreve e quem lê, unida pela mesma forma de ver a vida. Ao dizer que “carrega consigo aquela criança feliz com tão pouco”, revelas uma simplicidade luminosa, o valor de encontrar alegria nas pequenas coisas.
E teu destaque para a frase final mostra sensibilidade e atenção ao essencial: crescer sem perder a pureza da infância é, de fato, o segredo para sorrir mais e viver com leveza.
🙏🏻😘
Fernanda, esses momentos são o conta. São os momentos que ficam pra sempre. Ser feliz não é complicado.
ResponderExcluirEduardo
ExcluirEm poucas palavras, resumiste algo essencial: a felicidade está nos instantes genuínos, naquilo que parece pequeno, mas permanece na memória como o que realmente importa.A frase “ser feliz não é complicado”
😘🙏🏻
"Meudeusdoceu"! Que texto lindo! Que lembranças lindas, Fernanda.
ResponderExcluirNem pensei em misturar minhas lembranças de infância com meu agora.
Mas é bom.
Tento as vezes lembranças da infância com meus irmãos. Mas é raro.
Beijo,
Querida Liliane,😘
Excluirteu comentário é uma mistura encantadora de espontaneidade e emoção verdadeira. Esse teu “meudeusdoceu” já abre caminho para o sentimento puro de quem foi tocada de verdade por um texto. É bonito perceber como tuas palavras revelam uma redescoberta: a de que as lembranças de infância ainda podem dialogar com o presente, trazendo ternura e reconexão.
Há uma doçura nostálgica quando mencionas os momentos com teus irmãos Teu comentário traduz exatamente isso: a infância não se apaga, apenas adormece, esperando um texto, um cheiro ou uma memória para despertar outra vez.
🙏🏻😘
¿Hay algo más bonito que disfrutar de la familia y sentirse niño? porque jugar con los hijos pequeños es como volver a sentirse en la niñez, aunque seamos adultos. No importan los años. Lo importante es sentirse joven de espíritu.
ResponderExcluirMe ha encantado esta entrada, en la que se te siente feliz con tu familia, incluido tu padre. Y cerca del mar, más bonito todavía.
Gracias por estos momentos querida Fernanda, leerte es un placer.
Que tengas una feliz tarde.
Besos enormes.
Querida María,
Excluirteu comentário é cheio de doçura e sensibilidade, um reflexo bonito do próprio tema que ele celebra. Tua pergunta inicial “Hay algo más bonito que disfrutar de la familia y sentirse niño?” já traz consigo toda a ternura da infância reencontrada através do amor familiar. É tocante como destacas a alegria de brincar com os filhos e o sentimento de juventude interior que isso desperta, independentemente da idade.
A forma como percebes a felicidade nas entrelinhas do texto, mencionando a presença do meu pai e o cenário junto ao mar, mostra teu olhar atento e afetuoso. Obrigada! Teu comentário é como um abraço caloroso: transmite alegria, gratidão e essa leveza própria de quem sabe encontrar beleza nas coisas simples e verdadeiras da vida.
🙏🏻😘
Oi, Fernandinha, que belíssimo texto, sensível, saudoso e de quem, realmente, é muito feliz! Deu um gosto grande ler, um texto poético tão cheio de sentimentos e felicidade.
ResponderExcluirOlha que coisa mais linda o que destaquei:
" E ali estávamos, todos nós, atravessando a tarde com alegria, lembrando que crescer não é abandonar a infância, mas carregá-la junto, no colo, no coração."
Não preciso dizer mais nada, li duas vezes para sentir essas lindas palavras!
Muitos aplausos, querida amiga.
Beijinhos, vá em frente e leve sempre toda essa alegria junto!
😅🙋♀️👏👏👏
Tais, querida,
Excluirque comentário mais doce e acolhedor! Fico tão feliz em saber que o texto te trouxe esse “gosto grande”, essa alegria mansa que só as palavras certas conseguem despertar.
E que escolha linda você destacou… às vezes sinto que a vida adulta só faz sentido quando deixamos a infância sentar ao nosso lado não como lembrança distante, mas como companhia viva, curiosa, luminosa. Saber que isso te tocou também me confirma que escrevemos, no fundo, para encontrar quem sente parecido.
Obrigada pelo carinho, pelos aplausos generosos e por essa presença sempre tão amorosa nos comentários.
Graças a Deus que sigo sim, levando a alegria onde der e guardando a sua junto, como parte dela.
Beijinhos, amiga querida!🥰🙏🏻