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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

05 janeiro, 2016

Tua mão




É teu o meu amor e ternura. Teu jeito de preocupar-se encantou meu coração. Alguns dizem: cuidado!
Apenas digo compreendo que nada foi, é, ou será sem seu consentimento. O amor nunca chega cedo demais ou tarde demais, ele simplesmente chega e traz consigo um alude de energia do bem. A chuva abençoa a casa terra com sua ligação entre céus e solo. Não é difícil falar disso, basta que eu abra o feche meus olhos e tudo está se encaixando quando o assunto é amor.
Está tudo bem! Muitas vezes precisei dizer que conseguirei.Choro por que  amo e pensar em ti e como tens me protegido e guiado na vida emociona minha essência. Sussurros são levezas quando não posso falar contigo do jeito que amo fazer. Mas sei que entre estes sussurros tua mão acolhe minhas palavras e acarinha meu interior.
Escuto: O pior já passou...
Não discuto e silencio.
Naquele dia eu quis gritar, gritar, gritar! Não consegui fazer ou dizer uma palavra por uma semana, estado de choque foi o que foi, mas o meu silencio centralizava em ti, no teu afagar porque sabias como precisava que segurasse meu “coração nas tuas mãos”, e chamasse meu nome e foi o que se deu.  Penso que meu amor, está na porta ao lado, guardado por ti e por teu amor.
Olho a rua e penso: temos tantos caminhos...A escolha fica a um palmo ou não. Será abstrata se houver dúvida, mas se tudo é tão claro o caminho se ilumina. Não foi um sentimento qualquer.

Não cresci o quanto preciso ainda, pois jamais seremos adultos para um Pai ou uma Mãe. E sei disso porque tenho meus pequenos e me sinto muitas vezes aprendendo com eles. A alegria de correrem para mim, quando brincamos de esconder, ou de dinossauro, onde minha mão se torna corpo e meus dedos patas e cabeça para o famoso “dino”. Quando eles dizem: o papai tá chegando? E meus olhos molham e respiro fundo para não molhar mais que o necessário.
Tudo é como é e viemos para semear, viver é prestar atenção em tudo, para fazermos bem a lição. Creio no Bem e em sua corrente de Amor.
Estou com os braços abertos, estou sem receios.
Acreditar é o que temos e sem duvidar.
Fito as flores na varanda, olha só quem encontrei!
Estais ai Senhor do alto? Eu sei que está! Às  vezes vens em forma de borboletinha também.
Tua mão de amor gera amor.
Obrigada
___________
Fernanda

Um comentário:

  1. Às vezes ou quase sempre temos que ter este olhara para cima, este contato com o Supremo para superar e enfrentar as adversidades. Esperanças que falam e calam em nossa alma. O tempo tem seu papel se nós nos permitirmos. As delicadezas de Deus estão o tempo todo à nossa frente podemos toca-la e elas tocam nosso coração.
    Aprendemos muito e sabemos o quanto ainda temos que marchar minha amiga.
    Mas a lição sabemos de cor como canta Beto Guedes.
    Gosto de ver sua força que te faz mais linda de alma e coração e aflora sua coragem e voce vai vencendo cada dia e eu feliz de saber.
    Carinhoso abraço.

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)