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19 junho, 2016
Um fio de esperança
Meus olhos encontram-se nos olhos do tempo. Não vejo diferenças entre os dele e os meus. Apenas sei que no fundo do meu coração sinto tanto e tanto...
Quem disse que o amor não dói? Então olhe através dos olhos de minha alma. Perceba o quanto um coração pode chorar. Há uma busca... há espaços vazios sem resposta. Há uma pequena fagulha de esperança sim. Há buracos negros se misturando e deixando de ser abstratos. Faces...... elas não percebem a dor da minha. Por que há tanta distância? Você ainda está aqui, mas não consigo visualizar o teu sorriso. Então o eco do tempo me parece tão persuasivo, como posso descansar? Tentativas... lá fora tudo continua como antes, eu também tento continuar sendo aquela que sorria, mas é impossível quando lembro do nosso primeiro encontro.
Estou desperta com o violão na mão no meio da noite gelada. Meu sono passeia entre nuvens e estrelas, então um grito sem voz vindo do meu peito pede que essa dor pare de doer. Me ajude se puder, a consolar meus olhos e minha alma. Estou tão incompleta agora, me faça sorrir como antes. Um fio de esperança eu peço, não me deixe no meio do caminho, desse caminho sem fim.
__________
Maria Fernanda
Imagem: net
3 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)

Olá menina que amamos e que desejamos,
ResponderExcluirque possa superar estas nuvens negras,
desviar de todos estes buracos que
cismam de lhe assustar. Ouço este som
que vem no vento dos Andes e sinto a
solidão que ora lhe invade, mas no mesmo
som vem um tom de equilíbrio e que faz um
olhar para dentro, da vida que pede para seguir.
Com todo carinho o meu abraço.
Uma semana abençoada renovando esperanças.
Cultive a paciência e colha a paz do seu coração.
Bjs de paz amiga.
Sabes, as nuvens mais cinzentas carregam mais água para trazer bênçãos. Nem sempre é a cor com que nos identificamos no momento, mas depois que passa a chuvada o céu começa a clarear de novo e aí começa o fio de esperança num dia em que um abraço possa mitigar a saudade quer quer aqui ou além. E um leve sorriso voltará a esboçar-se no calendário das estrelas!
ResponderExcluirAbraço enorme, Princesinha
Olá!
ResponderExcluirPassando para rever a amiga... Que Deus abençoe seus dias, menina poesia!
Abraço do Erico