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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

04 outubro, 2017

Maneira mais bonita






Meu amor,
o horizonte tem teu rosto e a brisa teu cheiro.
E eu a saudade no coração.
Haverá dias que virão carregados de saudade mesmo que o tempo esteja cicatrizando a dor, e eu falarei com lágrimas nos olhos como faço agorinha mesmo.
Essa parte me dói tão fundo que minha alma pede um instante de silêncio,
para que eu organize meu coração e as cicatrizes.
É a vida vez em quando dando um grito de alerta no meu peito.
Obrigada Felipe, por ter me ensinado o que é felicidade.


Imagem e texto: M. Fernanda

10 comentários:

  1. Linda e tocante conversa e agradecimento ao teu amor! beijos, tuuuuuuuuuudo de bom,chica

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  2. A saudade traz com ela a dor da ausência. Por isso não há palavras que cheguem para agradecer a quem te ensinou a ser feliz. Há o silêncio, mas ele é demasiado ruidoso...
    Gostei muito do texto.
    Um beijo.

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    1. Tens o jeito certo quando falas da saudade, é exatamente assim.
      Obrigada amiga pelo carinho.
      Um beijinho.

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  3. Tudo o que você fala, escreve é tão bonito! Qdo sai do coração, é, desse jeito.
    São as recordações dos tempos felizes, que alimentam e dão alguma luz aos menos bons, como esse que você está vivendo faz tempo, todavia, você deve fazer seu luto pela perda da presença física de seu amado Felipe.

    Tenho tido saudades tuas e de te ver no meu blog, mas sei que tens tanto que resolver e pensar e eu posto só uma vez por mês. Aparece, qdo te apetece, Fernanda querida!

    Beijos e um domingo de paz e luz.

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    1. Olá Céu querida,
      Verdade, o coração é o porta voz da verdade.
      Felipe,
      foi e será sempre o anjo que iluminou a minha vida abaixo de Deus.
      o tempo tem "segurando minha mão" e corremos velozes por entre a vida. O trabalho, os filhotes, as obras sociais tem me deixado mais ocupada, mas sabe? É uma terapia maravilhosa.
      Tbm tenho saudades de todos vcs, e é por isso que irei fazer o possível para vir "abraçar" cada um. Tnho "sede" de escrita, amo escrever.
      Fui te visitar e irei mais vezes.
      Beijinho e fica com Deus.

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  4. Lindas as suas palavras de amor, saudade e agradecimento.
    Um abraço.
    Élys.

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  5. Vim também eu , matar saudades de ti . E venho deitar no teu colo as saudades que todas juntas já são tantas ! Alma grande e generosa , abarcas tudo com a grandeza das rainhas , com a alegria dos santos .
    Um terno e grande abraço ! EAT!🙏⭐️⭐️⭐️⭐️

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    1. Olá meu amor,
      teu carinho é uma bússola sempre.
      És tão querida e tão bondosa.
      Obrigada minha linda.
      EAT.

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)