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11 novembro, 2025
Entre risadas e ondas
3 comentários:
depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)

Boa noite de paz, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluirEstou adorando acordasr e dormir com seus posts...
Sabe, hoje tivemos outra tarde alegre, com o coral e até cinema após... o filme não foi do meu agrado, mas estar com as 'meninas' foi ótimo e as fotos mostram nossa alegria em estarmos juntas.
Inclusive, como sou uma das mais 'novas', elas morrem de rir comigo e meu humor de filha de nordestino, graças a Deus!
Agora, falando da sua linda foto, está show!
Vou te enviar uma legal que tiramos hoje. Mesmo não estando todas juntas ainda.
Se não rirmos de nós mesmo, pelo menos, não iremos longe. A vida já se encarrega de nos regar com lágrimas em abundãncia, precisamos secá-las com nossos risos e sorrisos.
Sanga Terezinha do Menino Jesus nos ensinou sobre infância espiritual para conservarmos a alegria mesmo na dor mais crucial.
Bom descanso na noite abençoada!
Beijinhos fraternos
Querida Roselia,
ExcluirQue delícia ler suas palavras tão cheias de vida, fé e alegria! É bonito perceber como você vive o Evangelho em gestos simples no riso compartilhado, na amizade sincera, no prazer das pequenas convivências. A forma como descreve a tarde com o coral e o cinema revela exatamente o que tantas vezes busco escrever: a espiritualidade do cotidiano, essa presença amorosa de Deus entre risadas, músicas e abraços.
Seu humor, essa leveza de “filha de nordestino”, é uma benção ele traz o calor da alma, a resistência alegre de quem sabe que rir também é um modo de orar. E você tem toda razão: se não aprendermos a rir de nós mesmos, a vida perde cor. O riso é uma forma de fé, um jeito de dizer “estou viva, apesar de tudo”.
E que lembrança preciosa a de Santa Teresinha! Ela nos ensinou justamente isso: a infância espiritual como caminho de confiança e simplicidade, mesmo diante da dor. Que possamos seguir esse exemplo encontrar o sagrado nas coisas pequenas e o amor nas entrelinhas dos dias.
Obrigada pelo carinho, pelas palavras e pela partilha generosa. Que a alegria continue te acompanhando e se espalhando, como essa luz mansa que sua mensagem carrega.
Com afeto e gratidão,🙏🏻😘
É muito importante que nossa emoção sobreviva, que nossa criança esteja ativa e nos permita ser e fazer as coisas do coração. Como naquela canção: há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração...
ResponderExcluirAbraços Fernanda e seja feliz assim com esta sua criança ativada.