O instinto vem antes do pensamento.
É aquela mão que recua do fogo antes de entender que queima.
É o peito que aperta quando o perigo se aproxima, mesmo que disfarçado de gentileza.
É o grito silencioso do corpo quando a cabeça insiste em ficar.
Já a inteligência, essa senhora vaidosa, gosta de explicações.
Precisa de mapas, gráficos, argumentos.
Ela senta, analisa, calcula.
E muitas vezes chega a uma conclusão brilhante… tarde demais.
O instinto é bicho.
A inteligência, máquina.
Ambos habitam o mesmo corpo, mas nem sempre falam a mesma língua.
Quantas vezes o instinto avisou: não vá! e a inteligência respondeu: mas tudo parece certo.
Quantas vezes a razão traçou o caminho perfeito e o instinto, teimoso, puxou para o lado oposto… e salvou?
No fundo, talvez o segredo não seja escolher um ou outro.
Mas fazer com que dancem juntos.
Que o instinto alerte, e a inteligência traduza.
Que o corpo sinta, e a mente compreenda.
Porque viver não é só acertar.
É saber quando ouvir o silêncio do corpo
e quando calar o barulho da mente.
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Tenho olhado o tempo...
Quando estou tomando um café, ou na varanda.
Quando estou mergulhada nos livros, ou no trabalho.
Ele me diz: Paciência Fernanda.
Sim tempo, eu tenho paciência...
Fernanda Marinho
Ah posso pedir para me conhecer melhor?
Então vem aqui ó!
https://linguagem-miuda.blogspot.com.br/