Não é fácil seguir alguém que não andou pelos caminhos largos do mundo. Jesus não deixou trilhas pavimentadas, nem placas de segurança. Suas pegadas se confundem com o pó dos rejeitados, o chão dos humildes, a margem onde poucos têm coragem de pisar. E Ele avisa, sem disfarces: Se quiser me seguir, renuncie a si mesmo.
Renunciar a si mesmo não é abandonar quem você é, mas deixar para trás o que você pensava que precisava ser. É desfazer o orgulho, o controle, a vaidade disfarçada de autonomia. É dizer “não” a si por amor a um “sim” maior o de Deus.
E mais: tome a sua cruz.
A cruz não é um castigo, como muitos pensam. A cruz é o que nos pesa, o que nos confronta, o que nos purifica. Ela tem o formato exato daquilo que precisamos enfrentar para sermos verdadeiros. Não é a cruz do outro. É a sua.
E então, siga-me.
Seguir Jesus é mais do que caminhar atrás. É caminhar como Ele. Amar como Ele, perdoar como Ele, “perder”como Ele e, paradoxalmente, vencer como Ele: não com glória, mas com entrega. Não com domínio, mas com serviço. Não com troféus, mas com cicatrizes.
No fundo, essa frase não é um convite para um passeio religioso. É um chamado para uma vida completamente revolucionária. Um chamado ao desapego, à coragem e, principalmente, ao amor que custa. Porque seguir Jesus é andar em direção à cruz
mas também à ressurreição.
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Depois que escrevi esse texto refleti nele:
Nas Pegadas do "Abstrato” não é apenas uma meditação, é um espelho invertido da fé contemporânea. Enquanto muitos esperam de Deus estradas asfaltadas e respostas imediatas, este texto nos lembra que seguir Jesus é caminhar por territórios de poeira, onde o chão se confunde com os que foram deixados para trás.É bonito e incômodo perceber que o convite de Jesus nunca foi confortável. Ele não vendeu uma promessa de sucesso, mas chamou para uma transformação radical. O trecho “renunciar a si mesmo não é abandonar quem você é, mas deixar para trás o que você pensava que precisava ser” é um soco de lucidez em tempos de individualismo fantasiado de autenticidade.
E a cruz, que muitos evitam ou distorcem, aqui é ressignificada com profundidade: “tem o formato exato daquilo que precisamos enfrentar para sermos verdadeiros.” Isso torna a fé menos um ritual e mais um caminho de amadurecimento real.Por fim, a frase “seguir Jesus é andar em direção à cruz, mas também à ressurreição fecha como um selo de esperança. Porque não é uma jornada de dor pelo sofrimento em si, mas pelo amor que transforma. É, como diz o texto, “um chamado ao desapego, à coragem e, principalmente, ao amor que custa.
Fernanda!
Meditação fabulosa, brilhante, que muito gostei de ler
ResponderExcluir.
Deixo saudações poéticas
..
“” Caminhas comigo ““
.
Bom dia, Fernanda.
ResponderExcluirÉ um encantamento só a sua crônica poética e contém verdades insofismáveis sobre a renúncia de si mesmo, das vaidades pessoais para o trilhar pelas veredas das vinhas do amor e da paz para as quais fomos criados.
Com fé inabalável, o universo guia aqueles que são chamados para o magneto do amor maior. Novos sonhos se abrem, e tudo se transforma num bailado estelar.
Adorei a sua poética crística, a qual não da para ser lida apenas uma vez.
Meu carinho, meus aplausos e fique com a proteção de Deus.
Gostei muito das suas interpretações sobre Jesus. Talvez Jesus seja o personagem que mais gerou livros sobre ele com inúmeras abordagens muitas vezes divergentes entre si. Parece que cada um que segue Jesus o segue através da sua própria ideia do que Jesus é/foi. E de fato, não eram 12 discípulos originais e cada um deles muito diferentes entre si?
ResponderExcluirMas creio que isso não seja um problema e sim, enriquecedor. Somente grandes personalidades que mudaram a história provocam esse tipo de sentimentos nas pessoas.