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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

31 outubro, 2025

A alquimia da limpeza

Aleatoriamente um toque de poesia


Há quem encontre paz meditando eu encontro limpando. A limpeza caseira que faço e gosto é quase um ritual: pano úmido, cheirinho de vinagre, algumas gotas de essência e o prazer silencioso de ver tudo voltando ao lugar. Não é só higiene, é cuidado. Enquanto organizo, também me organizo por dentro.

Adoro essa sensação de casa viva tudo arejado, limpo, em harmonia. Gosto de higienizar, cuidar, ver o brilho nas superfícies e a leveza no ar. Cada cantinho arrumado parece me devolver um pouco de serenidade.

André vive dizendo que, quando eu não tenho trabalho, vou em busca dele e ele tem razão. 😂
Mas o que ele chama de "mania", eu chamo de terapia: o gesto simples de cuidar da casa é, para mim, um jeito de cuidar da alma.

Porque às vezes, antes de colocar a vida em ordem, a gente precisa começar varrendo o chão. 



Fernanda

3 comentários:

  1. Nada melhor do que após uma limpeza, sentir o cheirinho da casa e roupa de cama limpas!Adoro!

    Mas já ando na fase que seria bom ter uma feiticeira ,aquela que mexia a ponta do nariz e tudo fazia sozinho,rs

    Daí eu adoraria mais ainda sentir os cheirinhos,rs...

    Lindo fds!
    beijos praianos, chica

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  2. Boa noite de descanso, querida amiga Fernanda!
    Ah! Que caminha gostosa convidando a um bom descanso!

    Estou aqui na minha cadeira da mamãe no meu relaxamento.
    Quando esgoto minhas energias mentaus, eu faço algo na casa, Mas agora, na noite, estou descansando mesmo, bateu o cansaço.
    Os psicólogos nos falam do poder de uma boa faxina ou arrumação na casa... ou nas nossas coisas.

    Estamos em sintonia, estou me sentindo muito mais organizada, pois resolvi tirar cortinas psra lavar. Limpar vidraças com álcool,
    Ventilador (não gosto do ar).
    Lavei os edredons (a máquina).
    .
    Uma coisa de cada vez...
    Cada dia um pouquinho para me distrair.
    Faz um bem imenso.
    Já faz parte dos arranjos de final de ano.
    Você tem toda razão, faz bem demais à saude mental. É terapia natural.
    Ver tudo no lugar, cheirosinho...
    Não tem preço.
    Só nós sabemos como queremos nossas coisas.
    A moça virá em breve e encontrará só faxina bruta mesmo, a grossa.
    Tenho mantido tudo arrumado e tenho tido mais organização mental para meus trabalhos outros.
    Um dia aspiro a casa, noutro, passo o mop. Adoro...
    Vamos nos distraindo.
    Tenha bons dias de abençoada "mania"!
    Beijinhos fraternos
    🏠🏡🏘🏨


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  3. Li uma vez que lavar louças é terapêutico e acalma. Tenho lá minhas dúvidas....hahhh

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)