Era final de
tarde e eu estava exausta. O tipo de cansaço que não vem só do corpo, mas do íntimo
arrastada pelos plantões, pelas responsabilidades, pelas saudades que moram em
silêncio. Só queria uns minutos de quietude rsrs.
Mas então,
um deles veio com um travesseiro na mão. Outro trouxe um cobertor. Em questão
de minutos, a sala virou acampamento. Tinha almofada virando barco, tapete
sendo mar, e criança pulando como se o mundo fosse feito só de risos.
Sentei no
chão. No início, sem querer cansadinha
demais para brincar. Mas aí um deles se jogou no meu colo e riu. Riu com aquele
som puro, aberto, cheio de vida. E eu ri também. Do nada. Do tudo. Do riso dele
e do alívio que isso trouxe.
A vida tem
sido “dura”, sim. Mas meus filhotes têm esse poder de fazer o tempo parar.
Naquele chão da sala, entre gargalhadas e almofadas, eu lembrei: ser mãe também
é isso. Não só ensinar, cuidar, ajustar. Mas deitar no chão, esquecer o
relógio, e rir junto.
Às vezes
penso que não estou dando conta. Mas então eles me olham como se eu fosse o
mundo.
E por alguns
minutos… eu sou.
Olá, querida amiga Fernanda!
ResponderExcluirComo a entendo...
Seu post me emociona muito, lembro-me dos meus meninos pequeninos e como eu ficava feliz com eles, eram meu tudo.
Tenho certeza de querer ao mundo deles e eles o meu... mas eles cresceram, voaram e fiquei só... com boa lembranças que me fazem chorar e chorar. Não sei como consegui... três horários de escolas... 200 redações para corrigir no final de semana do segundo grau, não foi nada fácil se não fosse Deus, eu não teria conseguido.
Restam-nos as lembranças, querida.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos
Nossa, Fernanda, que coisa linda… snif. Eu quase esqueci que o caos maternal vinha com trilha sonora de risos angelicais e metafísica de almofadas.
ResponderExcluirEnquanto você tava aí sendo promovida a “Deusa do Universo Infantil com superpoderes de transformar tapetes em oceanos”, eu tava lutando pra não ser engolido pela pilha de roupa suja que já atingiu níveis tectônicos aqui.
Mas sério, essa cena toda me deu esperança. Ou inveja. Ou sono. Difícil dizer. Só sei que agora estou emocionalmente instável e procurando um travesseiro pra jogar em mim mesmo.
Obrigada por lembrar a todos nós que, mesmo no olho do furacão chamado maternidade, ainda dá pra rir — ou pelo menos fingir que tá tudo bem enquanto uma criança te escala como se fosse o Everest.
Abração do amigo
Daniel
Bom dia:- Muito bonito de ler. Parabéns pela inspiração e gentil partilha.
ResponderExcluir.
“” Feliz Fim de Semana ““
.
Nanda, tive 4 filhos em 5 anos . Uma escadinha linda e muito me vi assim... Nada melhor do que brincar com eles, mesmo cansadas... Vale a pena! Adorei te ler! Que barulhinho lindo o do riso das crianças por perto de nós! beijos, chica
ResponderExcluirQue fase boa onde não se sabe o que é cansaço de plantão e de perturbações da vida adulta. Uma vida feita de mundos de fantasia onde qualquer coisa pode virar brinquedo. O que nos resta diante de um sorriso assim, de um gesto assim? Nem todo peso do mundo vai nos anular de sermos o mundo para eles.
ResponderExcluirEm primeiro lugar muito obrigada pelas palavras que deixou no meu "Ortografia". Vim visitar o seu espaço. E encontro um texto maravilhoso, onde é impossível a uma mãe resistir ao riso das crianças e nesses momentos é para elas como se fosse o mundo. Entendo-a muito bem Fernanda. Que sejam crianças felizes. Sempre. Consigo.
ResponderExcluirTudo de bom.
Um beijo.