Aguarde os próximos capítulos...

Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

25 junho, 2025

Missão Saúde

Aleatoriamente um toque de poesia
eu e as crianças no supermercado


Hoje entrei no supermercado como quem entra numa guerra santa: eu, armada com uma lista só de itens saudáveis, e eles duas criaturinhas cheias de energia e esperança determinados a enfiar no carrinho tudo o que pisca, grita ou promete virar unicórnio na barriga.

Logo na entrada, o primeiro ataque: Mãe, o biscoito do dragão que cospe fogo!
Sem hesitar, disparei minha arma secreta: Esse não. Sabe por quê? Porque o dragão comeu isso aí e perdeu todos os dentes. Virou o primeiro dragão que só soprava ar quente. Virou até meme no mundo mágico. Eles me olharam com olhos arregalados, o mais velho soltou um “sério?”, e desviamos rumo à seção das verduras como quem foge do perigo.

Na prateleira dos iogurtes coloridos com glitter alimentício: Esse aqui é o iogurte das sereias!
Justamente. Sereias que nadavam lindamente até tomarem isso e ficarem tão pesadas que afundaram.
Mãe, sério? Está no jornal das águas. Circula entre os golfinhos. Pausa dramática. Carrinho segue.

Na seção de frutas, virei uma narradora épica.
Essa maçã aqui? É a maçã da força. Comi uma quando era criança e ganhei o campeonato de corrida da escola. Qual escola? Uma escola mágica que só abre quando a gente dorme cedo. Eles mastigaram a maçã como quem mastiga superpoderes. Um deles até flexionou o braço.

Na fila do caixa, o desafio final: balas coloridas brilhando sob a luz fluorescente como armadilhas de desenho animado. Mãe, só um pacotinho?

Essas? Ah, essas são as balas que fazem a gente esquecer os nomes dos amigos. Já viu o Joãozinho da pracinha? Não lembra nem da própria mãe desde que comeu três dessas.
Eles arregalaram os olhos. O menor apertou minha mão.
Melhor não, né mãe?

Saí do supermercado com abacates, espinafre, maçã, aveia e a sensação gloriosa de ter vencido a rodada. As crianças, ilesas. E eu, me sentindo a própria fada da nutrição, disfarçada de mãe com sacolas.

Amanhã, claro, eles vão descobrir que o dragão existe mesmo é na imaginação.
Mas até lá… missão cumprida.😉

6 comentários:

  1. Olha aí, Nanda, a criatividade pediu passagem em nome da boa alimentação, da saúde nutritiva , ainda rendeu bela histórias para as crianças. Além das belas histórias contadas para sustar alimentos contraindicados, ir às compras com as crianças é também saudável, pois se tem a oportunidade de conversar sobre alimentos nutritivos e a possibilidade de instrui-las sobre outras coisas que despertam o interesse delas. A vida está sempre para uma boa pedagogia. E o anjos agradecem quando nos saímos bem diante dos desafios sob o seu olhar protetor.
    Um abraço, Nanda!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eros,
      você disse tudo com essa frase: a vida está sempre para uma boa pedagogia.😉
      É nesse vai e vem entre o improviso e a intenção que a gente vai criando caminhos. História pra convencer, ora escutando o que eles mesmos ensinam com uma lógica tão viva e surpreendente.
      Ir às compras com crianças é mesmo um campo fértil: ali se conversa, se negocia, se imagina… e, às vezes, até se educa (com sorte!).
      E que bom saber que os anjos estão por perto, atentos aos nossos tropeços e às nossas pequenas vitórias diárias.
      Obrigada por sempre me ler com tanta sensibilidade.
      Um abraço grande e cheio de gratidão,

      Nanda!

      Excluir
  2. Boa tarde, querida amiga Fernanda!
    Tive que rir muito do seu conto bem contado, verídico, por certo.
    Fez-me lembrar de uma vez que insistia com a pequena a comer cenoura, inventei que o coelhinho iria ficar feliz, o que ela, prontamente contestou:
    -Mãe, então come você, para ele ficar contente.
    Nunca me esqueci daquele momento de inocência dela e de se safar da minha sugestão com jeito.
    Sabe de uma coisa que tenho aprendido? Eles se casam, esquecem de tudo que ensinamos, quando têm filhos, voltam a fazer o mesmo que nós, rs...
    Confesso que você tem queda para contos infantis, criatividade aqui não faltou em elaborar tratado de vida saudável. Muito bom e alegre com toda riqueza que merece o tema.
    Já pode dizer como Paulo:
    "Combati o bom combate."
    Deve ter dito, no coração, ao sair do mercado: Ufa!
    Porque até eu, lendo, disse assim...
    Anteontem, entrei numa loja de brinquedos infantis que recém inaugurou aqui, de primeiro mundo, fiquei encantada, que dirão as crianças!
    Os atrativos do marketing cumprem seu papel.
    Tenha um entardecer abençoado!
    Beijinhos fraternos de Paz


    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Roselia, querida amiga,
      ri aqui com a resposta da sua filha que delícia essas pérolas da infância! A lógica deles é imbatível e, às vezes, desarma até a pedagogia mais bem-intencionada. 😂
      E você tem toda razão: eles crescem, esquecem, e um belo dia, na hora do “abre a boca pro aviãozinho”, se veem repetindo exatamente o que diziam que nunca fariam. A vida dá voltas e nos devolve com juros e afeto. Fico feliz demais com seu olhar carinhoso sobre o texto. Escrever esses contos do cotidiano é como espiar o mundo pela fresta da infância: tudo vira encanto, desafio ou poesia
      (às vezes os três juntos!).
      E sim, saí do mercado dizendo Ufa! e com vontade de um troféu invisível de sobrevivência materna.
      Obrigada, sempre, por sua presença tão cheia de luz.
      Um entardecer abençoado pra você também!
      Beijinhos com carinho e paz

      Excluir
  3. rsssssssss...ADOREI! E além de mãe temos que ser super criativas para driblar em certos momentos. Eles assistem na TV as propagandas e ac=reditam nos milagres... Muito bom que conseguiste vencer dessa vez... Sabe-se que logo eles mesmo passam a comprar e escolhwer...Se errarem nas escolhas, tua parte foi feita! Tentaste!

    beijos, chica

    ResponderExcluir
  4. Que texto tão inspirador e envolvente! 💙 A forma como retratas a missão da saúde, entre desafios e conquistas, transmite força e esperança. Faz-nos refletir sobre o importância de cada pequeno gesto e escolha no cuidado de nós próprios e dos outros.

    💜 Desejo-te uma excelente semana!
    Com carinho,
    Daniela Silva
    🔗 https://alma-leveblog.blogspot.com
    🦋 Visita também o meu cantinho 🌸

    ResponderExcluir

Tenho olhado o tempo...
Quando estou tomando um café, ou na varanda.
Quando estou mergulhada nos livros, ou no trabalho.
Ele me diz: Paciência Fernanda.
Sim tempo, eu tenho paciência...

Fernanda Marinho
Ah posso pedir para me conhecer melhor?
Então vem aqui ó!

https://linguagem-miuda.blogspot.com.br/